quarta-feira, julho 24, 2013

Seu Djalma

Camisa comemorativa da Copa de 1958 de Djalma Santos





Em 2008, quando fazia as entrevistas para meu livro Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro, tive o prazer e o privilégio de bater um longo papo com Djalma Santos.

Eu o entrevistei para completar o perfil de Vicente Feola. O livro traz um pingue-pongue com atletas e treinadores que falam sobre os perfilados. Seu Djalma, como eu o chamei o tempo todo, foi de uma gentileza e educação fantásticas. Memória privilegiada, me fez viajar no tempo para o dia da final da Copa de 1958, da qual ele foi eleito o melhor lateral-direito mesmo tendo atuado somente na final.

Mesmo já sendo um veterano do Jornalismo, eu naquele dia me senti como se estivesse falando com um semideus. O que não deixava de ser verdade. Afinal, Seu Djalma brilhou na Portuguesa, no Palmeiras, no Atlético Paranaense, onde encerrou a carreira com mais de 40 anos, e foi seguramente um dos maiores jogadores de todos os tempos.

Três anos mais tarde, em 16 de março de 2011, fomos eu e Milton Leite para Uberaba, para a transmissão de Uberaba x Palmeiras, pela Copa do Brasil, no SporTV. Seu Djalma morava em Uberaba. Um pouco antes do jogo, um amigo dele nos procura da cabine do estádio e nos entrega camisas enviadas pelo seu Djalma, que se desculpava por não poder nos entregar pessoalmente. São camisas no estilo retrô, que reproduzem o modelo usado pelo Brasil na partida final da Copa da Suécia. Cada uma tem a assinatura estilizada de Seu Djalma.

Guardo essa relíquia com carinho em minha coleção de camisas. Hoje a tirei de seu descanso para fotografá-la e homenagear de forma singela o grande Djalma Santos, para muitos o maior lateral-direito de todos os tempos. Para mim, desde aquele dia ao telefone virou o Seu Djalma.

Que ele descanse em paz, após uma vida fantástica, que marcou milhões de torcedores.

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