sexta-feira, julho 05, 2013

Discoteca do Nori

Love Walks In



Outro dia lembrei que fui a um show do Van Halen no Ibirapuera. 1983, acho. Jump ainda não tinha estourado. Meu pai tinha ganhado os ingressos e acabei pegando para mim.

Achei o show bem legal, apesar da péssima acústica do Ibirapuera e do fato de eu estar ainda me recuperando de uma hepatite, o que me fez ficar bem longe do palco, precavido para o caso de alguma correria.

O Van Halen estourou no mundo com Jump e com Panamá, e se transformou em ícone do chamado rock de arena, dos grandes estádios.

Mas o Van Halen que me cativou como ouvinte e fã é o de 5150, com Sammy Hagar nos vocais.

Nada contra David Lee Roth. Até comprei o EP dele que tem Just a Gigolo e Califórnia Girls, muito bom por sinal.

Mas o que os fãs mais dodóis chamaram de Van Hagar é o que eu mais gosto dessa banda. Principalmente o 5150. E fundamentalmente por causa de Love Walks In, para mim a canção emblemática da banda.

Tem um toque progressivo nos teclados, uma coisa meio Asia, mas não é apenas isso. Hagar canta uma barbaridade, a letra e a melodia casam perfeitamente, o solo de Eddie Van Halen é um assombro.

Adorava ouvir essa música a todo volume na chácara do meu pai em Indaiatuba, luzes apagadas, apenas as estrelas no céu. Quando o Sammy disparava "i travel far across the Milky Way" era literalmente uma viagem. Sem nada ilícito, diga-se.

Durante a Copa das Confederações, viajando para lá e para cá, voltei ao 5150 e a Love Walks In. Foi minha companheira em horas solitárias de voo e hotéis.

Na saída do Mineirão, após a vitória do Brasil sobre o Uruguai, botei para tocar no Ipad e contei com a aprovação do Casagrande, roqueiro de responsa.

Taí uma música que eu gostaria de ter composto se eu tivesse algum talento. Love Walks In. Sempre!

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