A Seleção vai se soltar?
Perguntei isso ao Mano na volta da Argentina, já que por coincidência, viemos nos mesmos voos de Córdoba a São Paulo.
Fiquei animado com a resposta e até entendi o ponto de vista do treinador, embora discorde de algumas coisas.
Mano, basicamente, não quer perder a confiança dos jogadores. Isso, nós, torcedores, comentaristas jornalistas, comentaristas ex-jogadores, enfim, todo mundo, isso nós não conseguimos medir porque nós não estamos competindo. Só quem compete sente algumas coisas e, principalmente, a pressão.
A ideia do treinador é voltar a ganhar para que os jogadores acreditem nas suas ideias e propostas. O que, no mundo do futebol, muita gente diz, só acontece quando se ganha. Por melhor que seja o trabalho, por mais legais que sejam as ideias, se perde, o jogador começa a desconfiar do técnico. E nessa lógica dos treinadores, o primeiro passo antes de voltar a ganhar é parar de perder.
Então, penso o seguinte: o Brasil tem tudo para ganhar da Argentina em Belém, a pressão diminuirá e Mano, aos poucos, começará a soltar o time.
Para mim não será surpresa se a equipe jogar com dois meias, ou um meia e um ponta-de-lança. Tipo Ganso (ou Oscar) pela esquerda e Lucas pela direita. Com a manutenção do trio de frente com Neymar, Damião e Ronaldo Gaúcho.
Outra dúvida que tinha, quanto a Hernanes. Mano respondeou que vê o jogador hoje como um meia, não mais como volante, e que o atleta não está descartado do ciclo da seleção.
São pontos de vista distintos, de quem analisa, torce, espera melhoras, mas não compete, não depende do resultado para nada.
Todas essas visões merecem ser discutidas.
3 comentários:
Esse é o lado B da história que não chega ao torcedor. Talvez explique um pouco sobre a linha de pensamento do Mano para as convocações. Mas perder a confiança do chefe e da torcida pode ser pior, como aconteceu com o Dunga.
Boa postagem
Então, mas "soltar" não tem a ver com colocar três ou quatro atacantes na frente. Não adianta segurar a bola no ataque sem ter a devida efetividade. É só lembrarmos, Nori, dos quatro a zero que o Brasil aplicou no Uruguai em Montevidéu, sem jogar ofensivamente. Não sei. Talvez se valorizasse mais o jogo em contra-ataques fora de casa, teria saído vitorioso. É apenas um pitaco. Abs
Bazófias, concordo com vc, mas me referi menos à questão tática e mais à postura do time. Abs
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