Mano e o Superclássico
Brasil e Argenitna sempre podem fazer grandes jogos. O desta noite aqui em Córdoba tem um ingrediente à parte, o noviciado dos treinadores e da maioria dos convocados neste agora chamado Superclássico das Américas.
Boa sacada de marketing, diga-se, que poderia ser ainda melhor se homenageasse grandes nomes da cultura e da história das duas nações, e não um cartola sul-americano. Mas, vá lá, assim é o mundo de hoje.
Para Mano Menezes, segundo ele próprio, é um jogo para se ganhar. Ele sabe que vem pressionado, que precisa de resultados para ter um pouco de ar e, aí sim, buscar um time. O que deveria ser sua tarefa primordial, mais além do resultado.
O time brasileiro que deve ir a campo hoje não chega a ser brilhante. Tem um ataque poderoso, é verdade, mas poderia ter um desenho de meio-campo que respondesse aos anseios do torcedor. Por que não começar com Oscar na vaga de Renato Abreu?
A Argentina se Sabella é um time mais fraco que o do Brasil. No papel. Sem Verón e Riquelme, perde em hierarquia e criatividade.
Talvez por isso Sabella tenha optado por defender com cinco jogadores. Há muito tempo que os treinadores argentinos optam por fechar os caminhos dos brasileiros pelos lados do campo, acreditando que, assim, as equipes terão dificuldades para desafogar o jogo pelo meio.
A base argentina é o Vélez, pela primeira vez na história, com seis entre os titulares. Afinal, foi o melhor time do país no primeiro semestre. Destaques para o bom lateral-esquerdo Papa e o perigoso atacante Martinez. O problema é que o Vélez e o Estudiantes, que praticamente completa a mescla do time argentino, hoje não vivem grandes momentos, parecem estar fora de época.
Bom para o Brasil. O trio ofensico é de preocupar qualquer defesa. Neymar e Ronalidnho dispensam apresentações, e Damião é das mais gratas surpresas. Ante uma dupla de marcadores centrais como Sebá Dominguez e Desábato, que estão longe de ser espetaculares, podem dar esse ar puro de que Mano tanto precisa.
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