sexta-feira, dezembro 03, 2010

Copa vai aonde


o dinheiro estiver


Não vi como grande surpresa as escolhas de Rússia e Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Até no Twitter a notícia já havia vazado antes de ser oficializada. E quem a vazou acertou em cheio.

O futebol é um dos negócios mais lucrativos do mundo e certamente um dos mais influentes politicamente. A Fifa até que tenta disfarçar bem com o lance do Fair Play, projeto social daqui e dali, mas no fundo é uma grande multinacional interessada em ganhar mais e mais dinheiro como qualquer outra empresa.

Trabalha com essa história de rodízio de continentes, que é conversa para torcedor dormir. Fez um agrado politicamente correto ao levar a Copa do Mundo para a África do Sul, mas ciente de que estava negociando com o governo do país que é considerado o mais propício para negócios no continente africano.

O quadro político e econômico internacional jamais será ignorado pela Fifa. Tenho certeza de que se dependesse da vontade político-esportiva, a entidade realizaria todas as Copas na Europa. Agora existia essa questão por causa do tal rodízio. Uma Copa na África, uma na América do Sul, e a Europa? Mas como fazer o Mundial na chamada Zona Sul do Velho Continente, que está quebradinha, quebradinha? Que tal pedir socorro para a periferia endinheirada?

Pois foi isso que fez a Fifa. Levou a Copa para o Leste Europeu, para um país gigantesco e riquíssimo em recursos naturais. No qual em algumas partes é muito mais Ásia do que Europa, pegando emprestado o conceito de Eurásia que aprendemos na escola. Fica na Europa, ainda que disfarçadamente.

É a tal história do bairro que pega emprestado o nome do vizinho mais famoso e valorizado, vejo eu. Espanha e Portugal diziam estar prontos como infra-estrutura. Mas e os governos passando o pires? Como garantir o dinheiro que só o Estado pode assegurar para certo tipo de investimento? Com Estados falidos ou em grave crise financeira como boa parte dos europeus, foi preciso pensar na boa e velha Mãe Rússia, seus campos de gás e petróleo, minerais etc.

E o Catar, o que tem a ver com tudo isso? A questão do dinheiro é mais do que óbvia. Os pequenos países do Oriente Médio têm recursos quase que ilimitados graças ao petróleo, que ainda vai dar as cartas por muito tempo. Seus emires ou sheiks adoram gastar e ostentar na tentativa de minimizar, para o estrangeiro, a imagem que ainda é vendida de seus países. Viraram destinos turísticos de primeira linha, com hotéis luxuosos, parques mirabolantes.

Sempre é bom agradar quem tem dinheiro e poder. E isso a Fifa faz como ninguém.

Agora resta esperar pela vez da China, que deve ser a nova dona do mundo muito em breve.

Dos Bric, o grupo de países que vai puxar o desenvolvimento econômico mundial nos próximos anos, segundo os gurus economistas, Brasil e Rússia já levaram a Copa. Faltam China e Índia. O tempo e o cofre de ambos vão responder.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como tudo na vida...

Anônimo disse...

Meu nome é Rivelino, eu tenho um blog, eu tento falar do mundo do futebol, que na realidade são dois.
O primeiro é aquele do torcedor, a paixão, a espera pelo grande momento mágico do gol.
E o segundo , faz parte dos bastidores do futebol, que são escuros, e muitas vezes disleal, principalmente quando tem muito dinheiro na jogada.

queria que você desse iuma olhadinha no meu blog.

http://rivelinosantos.wordpress.com/

Eu fiz tres matérias referentes a ( futebol x negócio ) e a quarta eu começo sabado dia 04/12/2010.

além disso tem homenagens a jornalistas, tem campeonato italiano, inglês, e claro o brasileirão.

por favor faça uma visita no meu blog, e deixe o seu comentario.

boa noite.