Dubai
Já que o Inter brasileiro não ajudou muito, pegamos o carro e fomos até Dubai, conhecer esse novo ícone do turismo mundial. Viagem rápida, estrada espetacular. A execução das obras nos Emirados Árabes Unidos deveria servir de exemplo para o Brasil. Asfalto sem buracos, viadutos perfeitamente projetados e executados. Nada que lembre nossas obras tipicamente brasileiras, que precisam de remendos a cada ano para sustentar empreiteiras e políticos.
Mas e Dubai? É uma mistura de Miami, Las Vegas e a Metrópolis de Fritz Lang no cinema. Você passeia por Dubai e quase é possível ouvir o Queen cantando Radio Gaga, no clipe que usa as imagens do filme de Lang.
Parece uma cidade cenográfica, mas é bem interessante, reconheço. Parece ser mais cidade, com alma, pulsação, que Abu Dabi, sua irmã.
Há em Dubai aquele ingrediente kitsch que os novos-ricos adoram, um exagero proposital que tem como único objetivo dizer ao mundo o seguinte recado: vinde endinheirados, que aqui seu dinheiro será bem gasto.
Mas há algo com um objetivo mais nobre por trás dessa aparente sandice de erguer catedrais do turismo e do consumo em meio às dunas do deserto. Garantir uma sobrevida aos Emirados Árabes Unidos. Os emires ou xeques detectaram que há petróleo para sustentar mais 20 anos de riqueza. Depois disso, esperam eles, será o turismo de eventos e negócios que sustentará o pequeno país de 39 anos de história.
Dizem que Dubai está quebradinho, e que o xeque que manda em Abu Dabi e é o presidente do país emprestou 50 bilhões de dólares ao irmão que administra a outra cidade e é o primeiro-ministro.
Só sei que Dubai me pareceu mais viva que Abu Dabi.
Mas são dois dos novos pontos de encontro e geração de emprego, de vida e cultura no mundo. Há gente de toda parte, de todas as raças.
É salutar ver povos de diferentes crenças e costumes dividindo o mesmo espaço sem probelmas. Não se vê aqui o radicalismo e a intolerância religiosa. Pelo menos na vida pública.
Há variadas opções de turismo. Deserto, mergulho, cavalos. Mas parece que os shoppings substituem os poços de petróleo.
Há de todos os tamanhos. O Dubai Mall pareceu ser o mais impressionate, com um show de águas dançantes e prédios que parecem disputar a tapa qual é o mais alto.
Enfim, um lugar para o qual deu vontade de voltar.
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