terça-feira, agosto 30, 2011


Fabiana Murer


Uma vez eu estava com a família abastecendo o carro, rumo ao interior para a virada de ano. Perto ali do complexo esportivo do Ibirapuera. Era dia 30 ou 31 de dezembro. Eis que passa à nossa frente uma moça esbelta, com os olhos meio perdidos no horizonte, gestos cansados, carregando duas sacolas de supermercado.

Virei para minha mulher e filhos e disse: sabem quem é essa moça? Uma das maiores atletas do Brasil e do mundo.

Era Fabiana Murer, vagando como ilustre desconhecida pela maior cidade do Brasil que agora a celebrará, certamente. Vinha cansada de treino, certamente pensando que naquela hora poderia estar viajando com os amigos, curtindo uma virada de ano na praia.

Não foi, treinou, perdeu, ganhou, se machucou.

Essa é a vida do atleta profissional. Milhares de dias de dores, de sacrifícios, frustrações, para um ou outro dia de glória, na maioria das vezes.

Parabéns, Fabiana Murer, pelo título mundial do salto com vara. Força para suportar ainda muitos dias como aquele em que você foi ao supermercado e ninguém percebeu. Tomara que isso mudem de agora em diante.


Basquete e Belucci

Hoje o Brasil começa mais uma caminhada rumo a uma Olimpíada no basquete masculino. Mais que isso, vai atrás do prestígio e da importância tão arduamente construídos por décadas e perdidos por absoluta incompetência diretiva.

Enfrenta a Venezuela no Pré-olímico de Marl Del Plata, talvez com um grupo mais comprometido, ainda que sem algumas estrelas de brilho e compromisso duvidosos. Fico na torcida. O basquete brasileiro tem um passado que não merece o presente atual.

E o Thomaz Belucci ontem no US Open? Perdeu um jogo ganho, o que acontece, faz parte. O que não pode é a atitude, a postura derrotada quando o jogo foi indo embora das mãos dele.

Não acho que ele tenha potencial para ser um top ten, mas Belucci pode render mais, pode crescer e se estabilizar como tenista de alto nível. Agora, tendo uma postura como aquela, desistindo do jogo, entregando pontos e se recusando a lutar, fica difícil. Que sirva de lição.

Até quando?


De novo a violência se intromete no meio de um espetáculo que deveria ser de paz, alegria e confraternização. De novo torcidas uniformizadas envolvidas. Tiroteio (também envolvendo policiais) em Presidente Prudente antes do maior clássico do futebol paulista, e também a morte de um torcedor, cujo corpo foi encontrado no leito do rio Tietê.

Sempre os mesmos personagens envolvidos. Até quando essa gente que se infiltra no futebol apenas para fazer o mal terá a compreensão de autoridades, o privilégio no tratamento e a complacência? Enquanto isso, ganham escolta policial, recebem visita de promotores, têm desconto e muitas vezes ganham ingresso de graça. Falta atitude por parte das autoridades. Lamentável. 

segunda-feira, agosto 29, 2011


Clássico da

Ilha da Magia

Comentar Figueirense x Avaí foi uma das melhores experiências profissionais da temporada. Jogaço, em alta velocidade, intenso, vivido pelos torcedores, pela cidade, pelos jogadores e pela mídia.

Foi dos grandes jogos da temporada, cheio de emoções, belas jogadas, rivalidade.

Floripa é um cenário perfeito para bons momentos, seja na Ilha ou no Continente. Terra de gente hospitaleira, natureza generosa e um futebol cheio de história, rivalidade e que caminha para a afirmação no cenário nacional. Conheci o Balduíno, jogador que mais vezes disputou o clássico da Ilha e hoje é comentarista de rádio. Figura sensacional.

O SporTV ontem meio que apresentou para o Brasil esse clássico da cidade. Houve um período, lá pelos anos 80 e 90, que Joinville e Criciúma ocuparam o espaço nacional como representantes do futebol catarinense. Avaí e Figueirense recuperaram tudo isso e agora pintam como forças ascendentes.

Ainda que a campanha do Avaí seja decepcionante, os clubes mostram boa estrutura, têm estádios confortáveis, torcedores fiéis. O Figueirense está melhor na tabela, mas ambos têm potencial para permanecer por muito tempo na Série A.

É mais um clássico para a galeria dos grandes jogos brasileiros.

Ainda espero poder comentar in loco jogos que só tive a oportunidade de ver pela TV e são dos maiores clássicos mundiais. Gre-Nal, Galo x Raposa, Ba-Vi. São muitos e me perdoem os que aqui não foram citados.; Em 2002, transmitimos, eu e João Guilherme, um sensacional Santa Cruz x Sport, no Arruda.

Abençoado seja o futebol brasileiro e seus clássicos e rivalidades.

sexta-feira, agosto 26, 2011

Confiança


Essa é uma das palavras mágicas no esporte de alto rendimento. Pode parecer simples, mas faz uma baita diferença. Espero que essa postagem não tenha cara de auto-ajuda, mas confiança não é apenas a questão de acreditar e confiar no próprio taco.

A confiança numa equipe esportiva passa por muitas coisas. Capacidade técnica, treinamento, liderança, entrosamento.

Pego como exemplo os três esportes coletivos mais populares no Brasil, futebol, vôlei e basquete. O futebol é mais simples, mais fácil de entender. Enfrentam-se dois times semelhantes, grandes, com torcida, história, tecnicamente equivalentes. Um numa fase um pouco melhor, outro reticente. As diferenças em campo são evidentes. Aí entra a tal da confiança. A condição de poder arriscar sem medo de errar. De acreditar num bom chute, num drible. Aquela velha história do gol ficar pequeno para alguns e grande para outros.

No voleibol isso também se percebe pelo alto grau de risco aplicado pelos times brasileiros. jogam sempre no limite. Porque treinam muito, treinam bem e confiam nessa condição técnica adquirida para jogar sempre arriscando tudo. O braço do jogador e da jogadora brasileira não encurta faz tempo. Perfil vencedor.

No basquete hoje se dá o inverso. Ainda que joguem bem, nossas seleções não esbanjam confiança. Na hora de decidir, jogador que deveria fazê-lo se esconde. Poucos assumem essa condição, sem medo de errar. Porque no esporte de alto rendimento não tem jeito, antes de acertar se erra muito. O braço encurta atualmente no basquete, pegando emprestado, novamente, uma expressão do mundo do tênis.

A confiança e a tranquilidade jogam juntas. Num time confiante a bola não queima nos pés dos jogadores. Quando se perde essa capacidade de acreditar no próprio potencial, até para cobrar um lateral o jogador demonstra estar reticente.

Acho que psicologia faz parte de um bom planejamento de equipe competitiva. Tem de estar na pauta das grandes agremiações. Se não fosse assim os americanos não seriam tão bons de esporte. Mas eu acredito que a confiança vem sempre do trabalho bem feito. De um jogador bem formado, com bons fundamentos, que foi ensinado a desempenhar bem seu papel, a ser competitivo e solidário. De uma equipe na qual quem ataca sabe que pode fazê-lo tranquilo porque haverá alguém para defendê-lo. De competência.

Enfim, ficou com toda a cara de auto-ajuda, embora eu não quisesse. Mas é uma visão do esporte, essa paixão que tenho. Acompanho há mais de duas décadas e gosto de várias modalidades. Vi muitos grandes atletas, talentosos, perderm jogos ganhos por absoluta falta de confiança. Não apenas psicológica, mas técnica.

Lembro agora de um clássico desses casos. Meu amigo Jaime Oncins perdendo uma medalha que estava ganha para Andrei Cherkasov, em Barcelona/92. Fez um belo jogo, mas não conseguiu vencer, finalizar o oponente, porque não tinha confiança em seu saque. Porque sempre foi um fundamento que não foi trabalhado com todo o potencial que deveria em sua carreira. Tinha talento, bons golpes, mas faltava esse apoio. Deveria ter vencido aquele jogo, pois era melhor. Não sei se me explico.

Durante anos foi assim com o vôlei brasileiro. Jogava bem e perdia. Porque faltava esse diferencial de um treinamento específico, de aprimorar algo aqui e e ali e acumular confiança.

Fora isso, faltava o ingrediente básico: aprender a ganhar. Ou reaprender, no caso do basquete. Ganhar é um processo longo, cansativo. Ganhar muito, então, ainda mais difícil. Quem sabe ganhar muitas vezes supera adversários com mais qualidade técnica, mas que têm medo de vencer.

Ferrou, ficou muito auto-ajuda, mas espero que tenha dado o recado.

segunda-feira, agosto 22, 2011





























Moradores do Morumbi

marcam primeiro ato

pela segurança do bairro


Grupo de moradores do Morumbi, que já reúne mais de 2000 integrantes, resolve ir à luta contra a crescente violência que assola o bairro, onde está instalada sede do Governo do Estado.

O grupo intitulado "Moradores do Morumbi", originado através de um grupo de moradores que sentiram casos de violência extrema bem próximos de suas famílias - pôs em foco e ao alcance de outros moradores que não sabiam onde se expressar a grande questão vigente hoje no bairro: A FALTA DE SEGURANÇA.

O bairro do Morumbi tem sido alvo de constantes atos de violência. Infelizmente o número de B.O´s registrados não condiz com todos os relatos ouvidos e vividos todos os dias no Morumbi.

Diante disso, o grupo se reuniu no último dia 11, no auditório do CPV, e em concordância com os Conseg´s da região e os Guardiões do Morumbi, decidiu fazer seu primeiro grande ato público, pleiteando pacificamente maior efetivo policial, segurança, iluminação das ruas, uma subprefeitura própria e a instalação de uma base policial fixa dentro da comunidade de Paraisópolis.

O evento intitulado S.O.S Morumbi, mobilizará muitos moradores da região, mídia e órgãos públicos e ocorrerá no dia 28 de agosto as 10:30h na Praça Vinícius de Moraes ( em frente ao Palácio do Governo).
"A participação de todos será fundamental neste ato, que é o primeiro do nosso grupo. Estamos preparados para fazer quantas manifestações forem necessárias até que medidas eficientes sejam tomadas para aumentar de forma efetiva a segurança dos moradores do Morumbi", afirma um dos representantes do grupo.
Porta-vozes do grupo afirmam que o objetivo é promover uma manifestação pacífica, porém enérgica o suficiente para que as reivindicações sejam ouvidas pela mídia e pelos órgãos competentes.

quarta-feira, agosto 17, 2011


A Copa que o

Brasil já perdeu


Sempre entendi que o Brasil tinha e tem condições de organizar a Copa do Mundo e todo grande evento de qualquer área. Isso apesar de sermos sérios candidatos ao título mundial da corrupção.

Também achava que com eventos como o Mundial de Futebol e a Olimpíada o cidadão brasileiro poderia ser beneficiado com a realização de obras que, apesar de urgentes e necessárias, sempre são postergadas ou substituídas por outras que atendem a determinados interesses.

Seria uma maneira de darmos o troco nessa gente que, eleita para nos representar, teima em nos desonrar. Mas ando pessimista em relação a isso. Acho que a Copa no Brasil terá êxito, principalmente comercial. Assim como a Olimpíada. Mas, embora eu torça, lá no fundo, para estar errado, acho que um jogo nós já perdemos.

Que jogo? O da oportunidade para conseguir, vá lá que tendo esses eventos como desculpa, um sistema de transporte público mais moderno e eficiente. Ou então a limpeza de cartões postais do País como a Baía de Guanabara. Ou sanear essa cloaca a céu aberto que é o rio Tietê, em São Paulo. Dotar de saneamento básico decente as capitais do Nordeste. 

Destinar recursos que certamente entrarão no País para melhorar a educação de nossos jovens. Ou então utilizar a Copa e a Olimpíada para oferecer uma oportunidade de trabalho a milhões de brasileiros da terceira idade que são desprezados pelo mercado a cada ano.

Um evento de dimensões planetárias não deveria representar apenas investimentos na construção de arenas esportivas. No mundo ideal, poderia ajudar a reinventar um país, uma cidade, a projetá-lo pelo mundo com uma nova imagem. 

Talvez eu seja ingênuo, mas eu juro que esperava que com a Copa a gente conseguiria dar o troco na banda podre da política, arrancando deles a realização de dezenas de promessas urgentes.

Mas parece que virá por aí uma Copa em que grandes negócios serão feitos, grandes obras que beneficiarão construtoras, empreiteiras, mas não deixarão a semente da mudança.

O mesmo vale para a Olimpíada. Ora, o Rio é a imagem do Brasil lá fora, a paisagem clássica que vende nosso País. Será que dá tempo de reinventar o Rio como cidade, assim como foi feito com Barcelona, até 2016? Porque a maior obra da Olimpíada de Barcelona não foi um ginásio, uma piscina, uma pista, foi a reconciliação da cidade com o mar, um projeto urbanístico muito maior do que 20 dias de competições. Projeto que envolveu a limpeza de rios, a recuperação de bairros etc.

Com o que será gasto para construir ou reformar estádios que pertencem a estados e municípios não daria para tocar obras há tempos prometidas como os metrôs de Salvador e Recife, o Rodoanel paulistano, a limpeza das lagoas cariocas e a extensão de seu metrô. Ou então retirar de palafitas indignas a população ribeirinha de Manaus, reformar e modernizar portos e aeroportos para que o País não perdesse bilhões pela falta de estrutura para exportar e produzir? Eliminar os chamados gargalos?

Quem sabe aparelhar e pagar melhor nossos policiais, bombeiros e professores? Reinventar a escola pública, a universidade, criar um sistema esportivo público decente que ajude a tirar as crianças das ruas e do caminho das drogas.

Tudo isso poderia ser feito tendo Copa e Olimpíada até como desculpa. Ou então uma parte disso.

Mas acho que veremos estádios suntuosos, belíssimos, exagerados até para a nossa realidade, alguns cuja utilização ficará sem sentido. O que me incomoda é o fato de construir estádios ser considerado uma cera prioridade estatal.

Talvez eu seja mesmo pessimista, mas desconfio que essa outra Copa a gente já perdeu. Espero que dê tempo de buscarmos pelo menos o empate até 2014 ou 2016. E que pelo menos se faça bom uso da dinheirama que deve entrar no País nesse período.

Claro que uma Copa e uma Olimpíada não têm o poder de transformar uma Nação, mudar a mentalidade de um povo. Apenas poderiam dar alguns recados, acelerar alguns processos, proporcionar algumas revanches.

terça-feira, agosto 09, 2011


Patrulha da covardia

Reproduzo a coluna publicada esta semana no Diário de S.Paulo.

Odeio patrulha. Ideológica, profissional e, claro, essa de uma turminha que se diz de torcedores e se presta a fiscalizar a vida de jogadores de futebol em seu tempo livre. Minha filosofia é a seguinte: cada um cuida da sua vida, do seu quadrado.
Desde sempre o atleta profissional é cobrado em sua conduta fora de campo de uma maneira quase obsessiva. Na maioria das vezes, de forma até covarde. Porque quando o resultado aparece, ninguém pergunta onde ele esteve na noite anterior ao jogo. Em fase ruim, sobram críticas, patrulhas e, pior, muita coisa inventada.

Jogadores e noite sempre formaram uma dupla afiada. Não apenas jogadores. Advogados, engenheiros, professores, estudantes, funcionários públicos e jornalistas. Muita gente gosta da noite e não há pecado nisso.

Certa vez, nos idos dos anos 90, fui a uma pizzaria num domingo à noite. Um jogador de futebol muito conhecido, de Copa do Mundo, que jogava por um time grande de São Paulo, me viu entrando e, quando passei ao seu lado, pude ouvi-lo dizer para sua acompanhante, claramente, para eu escutar: "Vamos embora que tem urubu aqui querendo fiscalizar a minha vida". Comi minha pizza e, na manhã seguinte, estava no treino do time dele. Esperei o trabalho acabar, chamei o sujeito para uma entrevista e disse: "Cara, é o seguinte: sua vida só me interessa como jogador de futebol, não dou a mínima para o que você faz fora do campo, para mim é assunto sem a menor importância. E não sou urubu, sou jornalista". Atônito, ele não respondeu e passou a me cumprimentar efusivamente desde então.

Infelizmente, há uma dose exagerada de fanatismo cercando o futebol e o esporte hoje em dia. Torcedores falam em honra, em compromisso, em profissionalismo ?atributos que muitas vezes eles não têm. E perseguem atletas, montam redes de informantes.

Não defendo nem ataco noitadas. Acho que os jogadores se expõem demais. Deveriam se preservar, figuras conhecidas que são. Até por questão de segurança, já que vivemos num faroeste cada vez mais violento. Só não entendo a postura de certos "torcedores". Alguns vivem grudados nos jogadores, como parasitas. Outros os perseguem.

Sei de histórias de atletas que passaram a noite fora da concentração e acabaram com o jogo. Assim como de profissionais exemplares que não jogaram nada. Errado é formar guerrilhas para pressionar e julgar comportamento.

Já pensou se os jogadores resolvessem perseguir torcedores que faltam ao trabalho para ver um joguinho? Que diriam os chefes dos fanáticos perseguidores? Que, aliás, também estavam na noite, não estavam? Façam-me um favor: vão cuidar das suas vidas.

Acorda basquete!
Sou do tempo em que jogo de basquete da seleção brasileira era assunto na escola, no clube e na rua. Hoje o basquete está relegado a segundo plano na mídia, muito por culpa de seus próprios erros administrativos. Neste mês, o time do técnico Ruben Magnano disputa o Pré-Olímpico masculino, mas pouco se fala nisso. Espero que esse quadro mude.

Contra-ataque tricolor
Futebol não tem verdade absoluta, aceita todas as teses. Vai aqui a minha sobre o São Paulo: se optar pelo contra-ataque, jogando dentro ou fora de casa, tem muitas chances de ser campeão. É o DNA dos jogadores, a velocidade, a jogada rápida. Resta saber se atletas, treinadores e dirigentes aceitarão jogar assim no Morumbi. Deveriam.

Superpaulistão?
Parece que os quatro paulistas da Série A do Brasileiro estarão de novo no torneio em 2012. Pelo jeitão da Série B, a primeira divisão nacional pode ser um Superpaulistão em 2012. Portuguesa e Ponte Preta são candidatíssimos e o Americana corre por fora, no momento. O que sinaliza sete times paulistas, pelo menos, na Série A em 2012. Ou 35% de participação.

NÓ TÁTICO

A ganância e a cobiça de agentes, por um lado, ajudam os jogadores a garantir um futuro tranquilo. Mas, por outro, joga contra a imagem do próprio patrimônio.

O caso do talentoso Paulo Henrique Ganso é emblemático. Enquanto o grupo dono da maior parte dos direitos econômicos do atleta e o Santos se estapeiam, é Ganso quem sai machucado. Criou-se uma imagem de antipatia do garoto em uma boa parcela de torcedores. Isso porque toda semana fala-se numa provável saída dele da Vila, seja para a Europa, para uma ponte no Corinthians, para onde for.

Neymar talvez seja até mais assediado pelo mercado, mas sua imagem não ficou arranhada como a de Ganso. Sou desconfiado até o último fio dos cabelos que teimam em rarear. Acho que tem muita proposta inventada, forjada, forçada, na tentativa de valorizar jogadores, conseguir aumentos e vantagens na hora de fatiar os direitos econômicos dos atletas.

Deveriam pensar mais na imagem que fica do que no lucro rápido.