sexta-feira, agosto 21, 2015

Osório provoca o bom debate


Nada tenho contra treinador estrangeiro trabalhando no futebol brasileiro.

Acredito que quanto mais a informação circular, maior a chance de ser transformada em conhecimento. Em qualquer parte.

Também não tenho nada contra o treinador brasileiro trabalhar fora do País. Acho que nossos treinadores de elite vivem numa bolha de conforto. Ganham muito bem, têm um vasto mercado e não são impulsionados a tentar desafios fora do Brasil.

Memória nunca foi o forte do brasileiro ligado em futebol. Muita gente esquece que Tim, Didi, Brandão, Oto Glória e outros existiram e foram bem sucedidos trabalhando fora do Brasil.

Os resultados recentes de Felipão podem apagar a passagem importante que teve em Portugal.

Também não é de hoje que treinadores estrangeiros trabalham no Brasil.

O tema aqui é debater a situação que vive hoje o colombiano Juan Carlos Osório, contratado pelo São Paulo, e projetá-la mais à frente. Porque Osório está jogando no centro de um debate que ele não propôs e nem criou. Mas do qual faz parte, ao emitir conceitos futebolísticos e filosóficos acerca do mercado em que está trabalhando.

Após os 7 a 1 da Alemanha, uma corrente de pensadores, que merece respeito como todas as outras, decretou que o futebol brasileiro estava acabado, ultrapassado, era um Robinson Crusoé. Há outras correntes que entendem que temos problemas, mas não é o fim dos tempos. E há a CBF, para quem está tudo sempre ótimo, perfeito, maravilhoso, no mundo de fantasia em que vivem seus dirigentes.

O que vejo, e é apenas um ponto de vista, é que existe um excesso de má vontade contra a instituição treinador de futebol brasileiro. Acompanhado de um excesso de boa vontade para com a ideia de que um estrangeiro dê certo trabalhando num clube nacional - como já aconteceu no passado, mas o passado não costuma ser considerado relevante para uma nova geração de pensadores, analistas e torcedores.

Vamos ao caso específico de Osório. O argentino Ricardo Gareca, quando passou pelo Palmeiras, não contou com 10% da boa vontade dirigida ao colombiano por grande parte da mídia . Gareca talvez merecesse essa boa vontade se tivesse mais tempo. Mostrou anteriormente ser bom treinador e levou o Peru a uma boa campanha na Copa América. Gareca e Osório foram contratados na hora errada, em meio de temporada. Isso interfere no rendimento, no aproveitamento de jogadores, no conhecimento de adversários e na assimilação de conceitos e métodos. O ideal seria que tivessem começado a temporada. Espero que Osório tenha essa oportunidade, o que Gareca não teve.

O que talvez contribua para essa boa vontade quanto a Osório seja o currículo teórico, a formação acadêmica europeia e a graduação mais alta como treinador da Uefa. Hoje nossos olhos estão voltados para a Europa. Nossos jovens torcedores são educados vendo os grandes times europeus na TV e no videogame, e nossa nova geração de analistas e treinadores também segue o que eu definiria como paradigma Uefa de futebol. Paradigma respeitadíssimo, diga-se.

Não quero aqui comparar Gareca e Osório. Odeio comparações individuais. Mas estou comparando o tratamento, para chegar mais adiante na avaliação do treinador brasileiro em geral. Como treinador principal, Osório tem títulos apenas nos EUA e na Colômbia. Para alguns analistas, pelo que ouço e vejo, os anos como assistente no Manchester City são a cereja do currículo de Osório, não os trabalhos como treinador principal. Com o que, modestamente discordo. Gareca tem mais conquistas como treinador principal do que Osório. No Peru e na Argentina, inclusive conquistando uma Copa Conmebol com o modesto Talleres de Córdoba.

Repito: não comparo Gareca a Osório. Analiso o tratamento. Dia desses ouvi que foi só dar uma semana para Osório trabalhar que ele mudou o time. Peraí! Quando perde depois de uma semana de trabalho o que acontece? Não é por aí.

Vou ser mais direto: vejo uma enorme torcida por parte de formadores de opinião para que o trabalho de Osório dê certo e que, com isso, a tese da supremacia do pensamento europeu prevaleça sobre o conceito do "ultrapassado" modelo brasileiro.

O futebol brasileiro tem problemas, claro. Inúmeros. Tem treinadores desatualizados, sim.

Mas existe muita gente capaz, séria e trabalhadora no futebol brasileiro. Existe debate de ideias com boas propostas, como no caso da Universidade do Futebol. Existem treinadores que estudam, se atualizam, evoluem. Não se trata de jogar pela janela a informação que as gerações de profissionais do futebol brasileiro acumulou. É preciso saber utilizá-la para que seja transformada em conhecimento.

Voltando a Osório, ele acerta e erra como qualquer treinador, colombiano, brasileiro, inglês. Ele tem seus métodos e sua forma de trabalho. Em alguns jogos, particularmente, acho que inventa, chuta o balde. Como disse durante a transmissão de São Paulo x Ceará, se fosse o Carpegiani, analistas o teriam chamado de Professor Pardal. Citei Carpegiani porque muitas vezes ele propôs coisas parecidas com o que propõe Osório e foi chamado de Pardal. Assim como Caio Júnior, por exemplo. Novamente evito comparações, cito apenas dois exemplos.

Menos entusiasmo parcial com Osório (e menos críticas dirigidas por setores políticos de clube) e menos críticas generalizadas a treinadores brasileiros serviriam para enriquecer o debate. O fim dos tempos ainda não foi instalado e o treinador colombiano não veio ao Brasil para fazer o julgamento final de nosso futebol e separar os justos dos condenados.

Não tenho a fórmula do sucesso e nem o segredo para a recuperação do futebol brasileiro. Mas acho que há informação e conhecimento aqui gerados que podem ser muito bem aproveitados.

Não creio que a solução seja simplesmente copiar o que se faz lá fora. Ainda acredito que podemos buscar uma solução nacional, aprendendo com o que é para ser aprendido e vem sendo muito bem feito lá fora, em termos de seriedade, organização, estrutura e método. Mas não gostaria que a escola brasileira de futebol sucumbisse simplesmente para ser assimilada pelo modelo europeu, como faze os Borg em Jornada nas Estrelas. Precisamos formar mais e melhores jogadores, recuperar a base, para depois incutirmos a ideia tática. Minha opinião.

Vida Longa e Próspera ao bom debate.

6 comentários:

Anônimo disse...

"Porque Osório está jogando no centro de um debate que ele não propôs e nem criou. Mas do qual faz parte, ao emitir conceitos futebolísticos e filosóficos acerca do mercado em que está trabalhando."

Mercado esse que atinge você também. Ontem foi exemplo: a cada comentário seu em São Paulo 1x2 Ceará, um show de desconhecimento sobre o que se passava no jogo.

Respeito você, Noriega. Mas chegou a hora de dar lugar aos jovens que sabem de futebol. Rafa Oliveira, Raphael Rezende, Léo Miranda...nomes têm, faltam só as chances.

Chamar treinador brasileiro de ultrapassado é fácil...quero ver é assumir que comentaristas estão tão ultrapassados quanto.

Vida Longa e Próspera ao bom debate!

Unknown disse...

Cara, como é possível debater com você que nem sequer se identifica? Eu não fujo do debate e nem da opinião e sempre me identifico.

Luís Sérgio Carvalho disse...

Caro Noriega,

Assisti a partida São Paulo 1x2 Ceará na qual você e o Luiz Carlos Jr. estavam trabalhando.

Por mais análises táticas e técnicas que possam ser feitas neste momento sobre a fase do São Paulo, eu vejo que primeiramente deve-se parabenizar a vitória tática que o Ceará obteve, pois, apesar de ser ultrapassada, a tática do "5-4-1" deu certo na medida em que o São Paulo ficava exposto (buscando a vitória para amenizar a derrota para o Goiás pelo Brasileirão) e deixava aberta as oportunidades de contra-ataque do adversário (que apesar de ter aproveitado 2 para marcar, perdeu outras 2 ou 3, se não me engano).

Em segundo lugar (e não, não é o meu Vasco, rs.), tem dias que a bola não entra, seja por méritos do adversário, seja por acaso ou azar (que nem aquele lance do bate rebate na área que terminou com um chute no travessão).

Agora, sobre a questão tática e técnica, o São Paulo mandou no jogo (mesmo isso não sendo significado de vitória), porém não teve eficiência, já que era lateral jogando invertido (o Carlinhos fazendo malabarismos para cruzar com a perna invertida foi bisonho), a tentativa de chegar ao gol de qualquer maneira, enfim.

Isento o Osório e sigo sua mesma linha de pensamento, acrescentando que na minha opinião, a fase que o São Paulo vive hoje é muito mais por culpa administrativa (pela falta de recursos financeiros e a venda de jogadores sem a reposição a altura) e técnica/psicológica (vide Ganso em eterna promessa em má fase e com outros jogadores, e vide também o jogo no qual Michel Bastos foi substituído e saiu falando feio).

Sobre o fato do Osório instigar o debate, vejo de maneira bem simples. Só se tem esse debate por ele ser um treinador "internacional", pois se fosse um Carpegiani, como citado por você no texto, já estaria sendo feita montagens nas redes sociais dele junto com um pardal.

Os atuais técnicos brasileiros não são tão capacitados como os técnicos estrangeiros, isso é fato (e comprovado por Daniel Alves, naquela entrevista polêmica, que não prejudicou em sua estada na seleção principal). Todavia, achar que este é o motivo cabal para que ocorra esse troca-troca que se tem aqui no Brasil, assim como o mau desempenho, é querer achar pelo em ovo.

A situação só vai ter melhora, no meu ponto de vista, quando a triangulação de problemas se resolver, veja. A falta de técnicos e treinamentos capacitados, juntamente com o calendário extenso e a falta de uma montagem de elenco baseada na temporada (e não no momento), fazem com que ocorra essa debandada de demissões de técnicos no Brasil. Só é possível comparar a situação brasileira com a estrangeira, se adequarmos todos os fatores aplicáveis aqui e lá. Foi desta forma que cheguei a esta conclusão.

Por fim, parabéns pelo seu trabalho. Acompanho todos os amigos do SporTV pelo Redação e o Seleção. Da próxima vez, aperta mais o Andrés Sanches, porque aquela participação dele no Seleção foi épica. Ele tentando 'mascarar' o valor do Itaquerão divulgando o valor da construção (e não o valor total) foi hilária.

Um abraço!

Luís Sérgio Carvalho
FuteAki.com.br

Alan Eduardo disse...

Nori, entendo e concordo totalmente contigo com relação ao "pensamento europeu" que está meio que tomando conta aqui no Brasil e que isso pode estar levando a falência do nosso estilo próprio que sempre foi referência no mundo. Entretanto, na sua maioria, os treinadores e clubes vivem num marasmo de conceitos de futebol porque vivemos o "quarta-domingo" na expectativa de trocas de trabalho, e dessa forma é impossível maturar um conceito de futebol. Técnicos da "nova geração" como Roger, Milton Mendes e outros tem facilidade em trazer novos conceitos porque de certa forma não entraram na "montanha russa" dos técnicos, por serem os primeiros trabalhos deles em equipes de serie A. O debate é importantíssimo para enriquecer os conceitos do futebol brasileiro, mas temos que ser mais exigentes com o futebol apresentado além de viver com a cultura resultadista que estamos inseridos. Cobrar resultados, ótimo... mas também cobrar bom futebol!! :)

Espero ter colaborado no debate

Alan

Unknown disse...

Mestre,

O cenário pós 7 a 1, sem dúvida alguma, nos trouxe como legado os debates aprofundados sobre os mais distintos temas: calendário, FairPlay, qualidade do jogo, formação de atletas, entre outros assuntos.
Um deles é a nossa cultura de formação, confusa e deficitária, com um histórico apoiado no empirismo das últimas décadas e que hoje se choca com o que você chamou de Paradigma Uefa, que praticamente tornou obrigatório em 1997 o estudo antes de ir ao campo. E como todo modelo que se torna referência, torna-se o formato a ser copiado.

Numa análise rápida, enxergamos uma matriz entre conhecimento x aplicação prática deste conhecimento. Nesta mesma matriz, encontramos profissionais oriundos do campo e da academia.
Extraímos portanto, tipos diferentes de treinadores: os ultrapassados que não querem se atualizar, os tradicionais que buscam o conhecimento de alguma forma, os bem intencionados que reproduzem novos métodos e treinos sem compreender seus objetivos e os que sabem aplicar na prática o conhecimento adquirido, mas que ainda não conquistaram seus espaços dentro de campo.
Como toda barreira cultural a ser vencida, é um processo de médio e longo prazos e entendo que levaremos ainda mais uma década para que a compreensão sobre as relações e interrelações do jogo sejam mais bem aceitas, inclusive pelo grupo mais cético.

Nossos principais treinadores são autodidatas por circunstancia do ambiente. Se ainda são trabalhadores sem “reconhecimento profissional”, como poderiam ter tal reconhecimento sem as devidas oportunidades que os formassem para o mercado, não é mesmo?

Mas, enfim, estamos falando de treinadores pois é a "ponta da pirâmide" que se torna mais visível ao grande público. A verdade é que precisamos trabalhar a mudança na cultura de formação em todos os níveis, para todos os profissionais de campo, de gestão, à mídia.
Ex-atletas, recém-formados, dirigentes, jornalistas, etc. todos tem que perceber a importância de capacitação e atualização constante no futebol.
Se o segurança do estádio for melhor formado e inserido em uma lógica organizada, sem dúvida que poderá ajudar a melhorar o espetáculo.

Outros desafios para a mudança da atual cultura de formação:

1) Necessidade de aproximar ciência (universidade) e futebol (clubes) - mas de uma maneira que a ciência queira resolver os problemas da prática e que quem está na prática queira utilizar conhecimento científico das mais diferentes formas.

2) Necessidade de olhar também para o que está sendo feito no Brasil - UNICAMP (Alcides Scaglia e Rodrigo Leitao), Universidade Federal de Viçosa (Israel Teoldo), UFMG (Juan Pablo Greco) e muitos outros locais no Brasil produzem conhecimento de qualidade que tem o poder de desenvolver o futebol.

3) Aproximação dos grandes players do futebol brasileiro - Não adianta brigar Federações e Universidades, CBF e entidades privadas. É preciso aproximar quem deseja transformar e está disposto a ajudar a melhorar nosso futebol. É importante pensar em soluções inclusivas e não exclusivas.


Forte abraço, Nori! E ótima semana pra gente!

Tega

sedu protagio branco jr disse...

Nori : aproveito este para me comunicar com vc , não domino o 140;to vendo seleção , resistindo bravamente ao manadismo da maioria dos profissionais que tão aí (29/7),exceções vc e o Marcelo .Nunca é saudosismo bradar pela verdade !Enio , Tim ,Tele,old Luxa,Didi ,Gentil,Oto Glória,Jorge Vieira (América 60 e outros)Cilinho,Pepe,Formiga,etc...dão de 1000 em enganadores como Osório ! O q este sujeito ganhou ou contribuiu táticamente ? É um Michels ? Seria um Zagallo ( 2 maior nome da história do futebol brasileiro , criador do - rudemente,talvez primeiro líbero - 4/3/3 )fundamental em 58.Um Michel Hidalgo ,q dizia : " Um grande time se faz com especificidades e complementaridades.Fui sócio do Osmar,primórdio dos 80, projeto q criei e o Otávio Florisbal,então dir mkt Globo,encampou. Visava alertar autoridades do fim dos campinhos- O Oscarzinho (Ulisses ) confirma - um campeonato nacional de peladas ; voltando trabalho do Osório : cagando regras mesmo sem ter o aparelho necessário ; perdeu um jogador bom ( Souza )o resto..;traz um ponta,Wilder mais do mesmo , e , decide por " competência " escalar um lateral esquerdo lá ( Carlinhos falou ontem q prefere à dele ) ; último jogo dos bambi : um volante ( R.Caio )na zaga ,um central(Breno)no meio -campo ,etc... Vai logo enganador !!!!!! e leva essa corja de " comentaristas de futebol/academicos " contigo!Pra polemizar : Guardiola é efeito e não causa ! Deus Acaso - por razão só dele - reune um grupo de pessoas/jogadores num mesmo tempo e espaço ( específicos e complementares = sinergia vencedora )e um time vira antológico ;Santos 57/73 , Cruzeiro 66 , Fla 82 ,Academia do Filpo , Botafogo de Nilton e Garrincha e Didi ,etc,Portugal 66,Holanda 74,etc . Lula ganhou mais q Guardiola e o Santos continuou com Antoninho e outros ;Perdoe a prolixidade , é o forte represamento,morei aí tbm entre 2005/08 assessorando a comunicação do Kassab e graças à Deus fiquei amigo do Andres/Rosenberg e , pasme ,do SR Dualib de quem fui inquilino , pois comprei a MSA da Carla , minha musa amiga ; ainda não comprei teu livro,então não sei se conta 2 passagens q vivi , do Rivelino : corintiano doente , com 13/14 anos pegava o ônibus aqui em Cwb pra ver treino na Fazendinha e numa destas , encantado com um menino dos reservas q enlouquecia o grande Dino Sani, escuto do vozeirão de um senhor ao lado , grudado no alambrado como eu : ".......SOLTA A BOLA , ORELHUDO MASCARADO !!!!".Outra q me contaram e q reafirma nossos conceitos é q na primeira preleção do Sarno ( retranqueiro bi no Coxa e daí contratado para acabar com a AGONIA DIVINA ), no vestiário ,todos boleiros apresentes e apreensivos ,olha pro Bigode e diz , cheio de sí " e vc , Riva faz a cobertura pela esquerda , qdo o Vladimir subir .." ,- " VAI TOMAR NO TEU CU!!!!!!!! O CRAQUE SOU EU !!!! " , reizinho vira as costas e vai bater bola deixando os im becis lá . A maior cena de amor q vi foi : tiro de mete pra nós , jogo duro com time pequeno , tempo e chance de faixa indo , Riva corre para busca-la , safanando goleiro e gandula q estavam no caminho , ajeita no bico da pequena,bate com força e , acredite se quiser , eu vi11!,corre para o ataque tentando alcançar o próprio chute ! Vi a quebra em 68 , Zé Roberto 3 x 1 César,Paca,de virada,campeão 1o turno 74 ( depois poupamos o time em Caxambu/Atibaia no segundo kkkkkkkkk )inteligência q nos fez descansados e , poupados , inevitáveis campeões cujo definitivo jogo fui o primeiro torcedor , às 8.30 da matina , à entrar no elefante branco e tremi ao reparar o Divino Ademir entrando naquele inferno , assobiando , batendo com a bola no chão , como se estivesse indo bater uma bolinha com o filho no quintal ; AVISO À QUEM NÃO PERCEBEU : O BUTTICE ESPALMOU O TRAQUE DO PRIMO DO TOSTÃO . Um grande abraço à vc , esteta do beautiful game , atavicamente ético e grande profissional