A nova ordem
Digam o que quiserem, mas não há como negar que o futebol brasileiro tem três times que pairam acima dos demais neste século: Internacional, São Paulo e Santos.
Cada um ao seu modo, com seus métodos e estilos, conseguiu se impor em termos de conquistas e inovações. Por isso, têm dividido os principais títulos em disputa.
Importância de título quem dá é o torcedor. Não adianta ir contra essa maré. Muitas vezes, para o coração de um apaixonado, um título estadual acaba representando mais, em termos afetivos, do que um nacional.
O cartel de conquistas tricolores, coloradas e alvinegras praianas impressiona.
De 2000 para cá, o Inter faturou duas Libertadores, um Mundial, uma Sul-americana, uma Recopa e sete estaduais.
O São Paulo levou uma Libertadores, um Mundial, três brasileiros, um estadual e um supercampenato paulista.
O Santos conquistou dois brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Libertadores e quatro estaduais.
Há um fator comum nessas conquistas: Muricy Ramalho levantou taças pelos três clubes e teve participações decisivas na montagem ou na sintonia fina das equipes.
Fora isso, Inter, São Paulo e Santos tiveram características particulares para exercer esses domínios. O time da capital paulista se baseou na força defensiva. Primeiro com ótimos volantes no período de 2005 a 2006, e excelentes zagueiros daí até 2008.
O Inter se reinventou como clube, arregimentou uma legião de sócios que possibilitam compensar a diferença econômica que existe entre os mercados gaúcho e paulista. Teve equipes excelentes em todo o período e elencos fartos em opções.
Já o Santos tem como diferencial o fato de ter revelado grandes talentos individuais. Primeiro Robinho, Diego, Elano, Renato, Léo. Agora, na geração de Ganso e Neymar, talvez tenha descoberto os dois maiores talentos dos últimos tempos.
Cada um ao seu estilo, com seu modelo, Santos, Inter e São Paulo puxam a fila na nova ordem do futebol brasileiro. Quem não se adaptar ou copiar as boas ideias desse trio, vai comer poeira.
9 comentários:
Concordo com cada palavra... infelizmente meu #Cruzeiro depois de 2003 não conseguiu melhorar... =X
Sensacional o texto, Nori. Eu, como palmeirense, só tenho a aplaudir as 3 equipes.
Noriega, se você fala de 2000 pra cá não pode deixar de incluir o Corinthians que, mesmo sem Libertadores,tem: 1 mundial, 1 Brasileiro, 3 Estaduais, 1 Rio São-Paulo (super)e 2 Copas do Brasil. Abraço
Gilberto, sinceramente, não tem como comparar com o desempenho dos outros três. Mas tá registrado. Abs
Só uma correção: Quem revelou o Elano e o Renato foi o Guarani e não o Santos.
Jeferson, eles começaram no Guarani, mas quem os revelou como grandes jogadores foi o Santos. No caso, é o sentido do texto. Abs
Noriega, sobre a sua colocação vc acredita que os valores das cotas de Televisão também deveriam levar em conta o mérito esportivo e não somente o tamanho da torcida? Nem falo da audiência visto que o Santos deu vários pontos no ibope.
Este seu tópico me faz refletir que com a divisão que a TV faz levando em conta o tamanho da torcida, faz o Corinthians e o Flamengo poderem fazer campanhas terríveis que naturalmente receberão a maior fatia do bolo. A Televisão ao mesmo tempo que nos proporciona espetáculos visuais nas transmissões esportivas de certa forma estimula essa incoerência.
Anônimo, resultado esportivo, desempenho, não tem relação com popularidade e audiência. Veja o caso do Inernacional, que se vira, e muito bem, mesmo sem ter as maiores cotas de TV. Mal comparando, é a mesma coisa que fazer um filme que não seja tão bom mas tem atores que puxam a audiência. Abs
Seu comentário, apesar de não concordar com ele na totalidade, tem sentido. Por ele entendo que o mérito esportivo tenha que ser valorizado pela organização que o promove, seja ela FPF, CBF, CONMEBOL ou FIFA em premiações. A Televisão deve-se ater ao tamanho da torcida, caso Flamengo e Corinthians disputem a seunda divisão devem ter cotas maiores que times que disputam a libertadores. Tem sentido,mas minha escolha seria privilegiar o melhor produto (no caso quem pratica o melhor futebol)mas com paixão em pauta, fica difícil.
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