sábado, abril 30, 2011



Falcão dá o exemplo

É muito cedo para se avaliar o trabalho de Paulo Roberto Falcão em seu retorno à função de técnico de futebol. Mas em pouco tempo, o Rei de Roma já deu pelo menos um belo exemplo. Em suas entrevistas, Falcão mostra que é possível falar sobre futebol e responder perguntas sendo educado, sem disparar palavrões e impropérios, sem querer dar aula de futebol e jornalismo e, o que é fundamental, respondendo ao torcedor. Que, no fundo, é quem faz as perguntas e espera as respostas.

Falcão é um lorde no oceano de patadas e grossuras da maioria dos treinadores em atividade no País. Reflexo de um momento específico. Os "professores" são supervalorizados, mimados pelos clubes e em alguns momentos parecem crer que estão acima do bem e do mal.

Tudo bem que muitas perguntas são péssimas, é preciso reconhecer que em várias ocasiões o erro também acontece desse lado da trincheira. Mas hoje o técnico de futebol brasileiro, em especial as grandes estrelas, essa casta parece pensar que pode tudo.

Falcão responde a todos com educação, buscando as palavras, parece entender que precisa, de fato, se comunicar com os torcedores, o que faz através das entrevistas.

Não critico o fato de treinadores fecharem treinamentos e não quererem falar antes e durante os jogos. É um momento deles. Mas após o apito final, eles são figuras que representam o clube para o qual trabalha, são os "funcionários" de milhões de torcedores e deveriam mostrar mais respeito e educação. Afinal, é o escudo da instituição que os paga que aparece ali na camisa ou no banner.

Falcão já mostrou, em pouco tempo, que elegância também combina com a profissão de técnico. Não basta um terno bem cortado, um sapato italiano. Elegância vem de berço, de educação.

4 comentários:

Roberto disse...

Verdade. É um prazer ouvir as entrevistas do Falcão. Simples, objetivas e com conteúdo. Até quando não que dar a escalação êle o faz com educação e com bom humor.

Futebologia Brasil disse...

Noriega,

Parabéns pelo blog. Concordo com a sua última postagem.O Falcão tem feito um bom trabalho no Inter. O material humano do time permite que o técnico escale o time como deseja. O complicado é transformar uma equipe limitada em fundamentos em um carrossel. Isso a torcida do Botafogo foi incapaz de perceber, e a cabeça do Joel rolou.

Se você puder visitar nosso blog, a gente agradece:

www.futebologiabrasil.blogspot.com

Anônimo disse...

Nori,

Meu comentário não tem nada a ver com o texto. É mais um alerta, para o comentarista, humilde, simpático e competente que você é. O alerta meu caro é o simples: para de acreditar que jogador pisa na mão do outro, sem querer, ou enfia as travas da chuteiras nas costelas do adversário caído, sem querer.
Acreditar que o Miranda, do São Paulo, não sabia onde estava pisando é excesso de ingenuidade.
Jogador do futebol está muito mais para mau caráter, sem nenhum escrúpulo, do que para menino deficiente da APAE, com problemas de coordenação motora. Jogador põe as travas da chuteira onde quer e quando quer. Se duvida, pergunte ao Felipe Melo.
Valeu! FRANCISCO.

José Dias, o agregado. disse...

Educadissímo, mas tomara que essa educação dure até a primeira crise né.
Boa sorte, Falcão.