sábado, agosto 14, 2010



Um lindo estádio no

México. E por aqui?






Estivemos no México, eu, Milton Leite, Edgar Alencar, Raphael Rezende e Rogério Romera, time do SporTV, para transmitir Chivas x Inter.

Impossível deixar de falar no lindo estádio do Chivas. Ainda cheirando a tinta, chamado de Omnilife, uma das muitas empresas de Jorge Vergara, dono do time, ou também de Arena de Guadalajara ou estádio do Vulcão.

Segundo li na imprensa mexicana, Vergara investiu 170 milhões de dólares no estádio. Não apenas para jogos do Chivas, mas principalmente para receber grandes shows musicais. O México é rota frequente de grandes artistas americanos, além de muitos ídolos pop/rock da cena latino-americana e de muitos ídolos locais, como Luís Miguel, Maná e tantos outros.

Por isso a opção pelo gramado sintético, que é muito mais resistente.

Agora, acho que vocês se perguntam tanto quanto eu, porque no Brasil qualquer obra de estádio, seja do zero ou reforma, custa sempre muito mais do que esses 170 milhões de dólares?

Quanto já se gastou em reformas do Maracanã, por exemplo? E vem aí mais uma. Para quê?
Não seria melhor botar abaixo e fazer outro, mais moderno?

Outro detalhe que percebemos em Guadalajara. O estádio não tem frescuras como pisos de mármore. É cimento puro, visual limpo, grandes vãos livres na área interna. Faz reaproveitamento de água e parte dele foi erguida sobre um morro de grama que circunda o campo, para captação e retenção da água da chuva.

As cadeiras são de plástico, há elevadores especiais para deficientes, rede de internet sem fio e os banheiros são limpos e confortáveis, com telas de LCD para que ninguém perca um lance da partida enquanto faz suas necessidades.

Já imaginaram o que aconteceria com umas telas de LCD nos banheiros dos nossos estádios? Se roubam fio de cobre...

Talvez o fato de o estádio e o time terem um dono ajude a evitar que aconteça superfaturamento. Afinal, o cara não vai querer roubar ele mesmo, concordam?

Mas para provar que nós e os irmãos mexicanos temos muitas coisas em comum além da alegria e o amor pelo futebol, o estádio também foi inaugurado inacabado, com acessos precários e obras em andamento. Chegar e sair de lá é complicado como chegar e sair do Engenhão, por exemplo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Excelente postagem!!!!!

Anônimo disse...

Pois é, tanto se falou da África do Sul e a tendência e sermos piores.

Felipe Caxito disse...

Estádios com financiamento público, com o governo diretamente ligado mais os interesses 'marqueteiros' de entidades nacionais e internacionais complica tudo. Quando a modernização dos estádios é super válido, mas sou do "grupo anti-modernidae", não sei se pode rotular assim. Uma parte que gostei desse Vulcano foi a parte de trás de um dos gols SEM CADEIRA. Gostei. Estádio não é teatro. Não se pode matar o futebol. Grande Abraço, Nori.