segunda-feira, novembro 30, 2009

Você acha que seu time

pode entregar um jogo?


Essa é a pergunta que quero fazer. O assunto está aí, palpitando, percorrendo o País. E você, torcedor, que me dá a honra de passar pelo blog, o que acha? Pensa que seu time tem o direito de entregar um jogo para evitar que o maior rival se classifique ou ganhe um título?

Como funciona a questão da ética, do esporte, da lisura na sua cabeça de cidadão e em seu peito de torcedor?

Se um time entregar o jogo deliberadamente ele deve ser punido? E escalar os reservas, é lícito?

Que baita confusão!!!!
Aos idiotas do bairrismo


Aqui se publica tudo, elogiando, metendo o pau, concordando, discordando. Infelizmente alguns pobres de espírito ainda acham que alguém faz seu trabalho porque mora desse ou do outro lado da Ponte Aérea. Devem ser os mesmos que acham que o Rio ainda é a Capital do Brasil ou que só em São Paulo se trabalha. É gente que analisa você pelo sotaque. Valha-me, Deus!!!

Quanta bobagem. O futebol é do Brasil, o campeonato é brasileiro, mas alguns insistem em resumir a discussão a Rio x São Paulo.

Continuarei publicando todas as opiniões que chegarem, mesmo a de alguns bobocas que acham que não serão publicadas. Os que têm heróis de papel e que acham que a função de jornalista esportivo é falar bem do time dele e mal do time do estado ao lado.

Concordar e discordar faz parte. Acertar e errar também. Felizmente a maioria gosta mais de futebol do que desse bairrismo rançoso e idiota.

PS: internauta Alexandre, sua mensagem foi publicada, viu! Abs.
Uma vez Flamengo,

seis vezes Flamengo?


Ao que tudo indica, o Brasileirão 2009 terá como destino final a Gávea. Merecido, diga-se de passagem, se for confirmado. Eu disse na TV e escrevi aqui que, honestamente, não acreditava que o Flamengo chegasse. Não por duvidar do Flamengo, mas por não acreditar que Palmeiras e São Paulo vacilassem como vacilaram.

O Mengão não vacilou e chega à última rodada em condição pra lá de favorável. Deve pegar um time reserva do Grêmio, num Maracanã abarrotado. Pela frieza demonstrada na vitória sobre o Corinthians, o Flamengo deu pinta de que pode. O time parece ter importado aquela tranquilidade contagiante de seu novo técnico, Andrade, que era uma espécie de termômetro do maior Flamengo da história, aquele de Leandro, Júnior, Adílio, Andrade e Zico, entre outros grande craques.

A frieza rubro-negra constrastou com o nervosismo corintiano em Campinas. Parecia que quem tinha muito a ganhar ou perder era o alvinegro paulista e não o rubro-negro carioca. Para piorar, uma arbitragem confusa do péssimo Evandro Rogério Roman. Mas nada que possa tirar o mérito e o brilho da vitória flamenguista. Registros negativos para o fato de Felipe, para mim, não ter ido na bola na cobrança do pênalti de Léo Moura. Lamentável. Ali estava a camisa do Corinthians, um clube que ele não pode submeter a isso. Serão tomadas providências?

Brilho que sobrou ao Flamengo faltou ao São Paulo durante o campeonato inteiro e não esteve presente no Serra Dourada. O São Paulo que prometia exalar frieza e competitividade no momento decisivo, foi atropelado pelo Goiás, a ponto de os próprios dirigentes tricolores paulistas estarem jogando a toalha. O problema não foi capacidade de decisão, personalidade etc. Faltou o bom e velho futebol ao atual tricampeão.

Futebol que parece ter voltado tarde demais ao Palmeiras, que liderou a maioria do campeonato e muito provavelmente não levará o título por não ter sabido conquistá-lo. Com Cleiton Xavier e Maurício Ramos de volta e com a entrada tardia de Deyvid Sacconi, o time de Muricy Ramalho reeditou alguns bons momentos e teve um gol antológico de Diego Souza.

Triste parece ser a sina de Celso Roth. Agora no Atlético Mineiro ele repete o calvário de quem larga na frente e derrapa nas últimas curvas. A pergunta que não quer calar: falta qualidade a Roth ou ele nunca teve um time com qualidade para chegar?

Por último mas não menos importante aparece o Internacional. Favoritaço de todos no início, já tinha até desistido da luta, mas ainda sobrevive. Para mim tem o melhor elenco do Brasil, mas também fraquejou em momentos importantes. O pesadelo de todo Colorado reside no fato de o Flamengo decidir contra o Grêmio. E aquela história do time reserva a coroar uma rivalidade centenária e sem paralelo no País.

Outra pergunta que não quer calar: como permitir que na reta decisiva de um campeonato uma equipe vá a campo com a equipe reserva, mesmo estando em seu direito? Em defesa do meu ponto de vista, várias vezes aqui manifestado democraticamente, deixo algo para se pensar em casa: jogo de mata-mata não tem time reserva e nem mala branca.

sexta-feira, novembro 27, 2009

O futebol virou o

reino da hipocrisia


Antes de mais nada, que fique claro: o presidente do Palmeiras está sofrendo de verborragia, tem falado mais do que deve e prejudica sua imagem de dirigente arejado e diferenciado. Certas coisas qualquer torcedor pode e deve falar, mas um dirigente não deveria.

Outra coisa é confundir uma declaração oficial com um vídeo particular, privado. Lembram-se do Kléber, hoje no Inter, quando jogava no Santos, cantando musiquinhas para ironizar o Corinthians? Vazou e foi um escândalo. Ou então o Marco Aurélio Cunha, dirigeten do São Paulo, cantando o hino do Santos?

Pois é, tem gente maldosa que faz uso disso, de situações particulares que terminam sendo veiculadas como se fossem posições públicas e oficiais.

Escrevo tudo isso para dizer que o futebol está se transformando num grande reino da hipocrisia, do politicamente correto. Não há coisa mais normal do que um torcedor provocar o outro, brincar com os apelidos. Um chama de bambi, outro de porco, outro de urubu, de barbie e por aí vai. Isso é a saudável gozação do futebol. Rola até de pai para filho, que mal existe?

Há, ainda, o aspecto do mau uso desse tipo de declaração por parte da mídia. Sou da mídia mas não sou corporativista. A gente erra - e muito. Também ajudamos a acirrar os ânimos quando puxamos termos como matar ou morrer, jogo de vida ou morte, guerra, tiro de misericórdia etc.

Antigamente isso tinha outro sentido, era mais leve. Hoje os dentes rangem por qualquer coisa e pode terminar em tragédia. É preciso mais responsabilidade, mais critério. Por parte dos jogadores, dos dirigentes, dos jornalistas e, também, dos torcedores.

Há alguns anos as provocações entre dirigentes e jogadores eram mais comuns. No Rio a mídia sabia utilizar isso de maneira sadia, com bom humor, criando duelos que ajudavam a encher os estádios e manchetes sensacionais. O paulista sempre foi mais mal-humorado que o carioca. Basta ver as paisagens e o trânisto para compreender. Acontece que esse mau humor foi transferido para o futebol em forma de violência entre os estúpidos fantasiados de torcedores. Virou guerra. Para quê?

Jogadores como o ex-atacante Viola fazem falta porque gostavam das apostas, das brincadeiras, das provocações sem maldade. Entendo até que o dirigente são-paulino Marco Aurélio Cunha tente fazer isso e muitas vezes seja incompreendido. O palmeirense Belluzzo tenta o mesmo, talvez falte a ele mais apuro com a palavra falada.

Em Minas e no Sul, onde as rivalidades são mais acirradas por estarem basicamente divididas em dois, é mais complicado lidar com esse tipo de brincadeira. Mas vemos bons exemplos, mais saudáveis, embora tenhamos que conviver com mortes e brigas idiotas.

O que parece estar sendo engolido pela hipocrisia reinante é que o futebol é o terreno da brincadeira, da gozação, da picardia entre os amigos. Futebol não vale briga (quase nada vale), quanto mais uma vida?

Que problema existe em tirar um sarro, em provocar sem maldade no coração?

O futebol está longe de ser a coisa mais séria e mais importante do mundo. Não podemos transformá-lo num ringue de imbecilidades. Menos hipocrisia e mais alegria não fariam mal a ninguém.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Parabéns, América!!!!

Parabéns, Romário!!!!



O América é campeão carioca da segunda divisão. Sou do tempo em que o América era um time não apenas querido por todos, mas importante. Lembro que nos anos 80 talvez tenhamos visto o último grande time do América, com Luisinho Lemos, irmão do César Lemos, o César Maluco.

Talvez o América seja um símbolo de um Rio de Janeiro que não existe mais, que foi engolido pela violência, mas que permanece vivo na memória de todos e nos sonhos de qualquer brasileiro que, mesmo sem ser carioca, sabe o que representa a Cidade Marvilhosa.

Veja nese link os gols da vitória do América sobre o Artsul com a narração sempre brilhante do grande João Guilherme. Repare na alegria quase juvenil de Romário, ele mesmo, no banco de reservas do América, realizando o sonho de seu pai. Romário entrou em campo e vestiu a camisa do América, campeão depois de 27 anos. Um abraço também ao grande amigo Alex Escobar, americano de coração, sangue bom.

terça-feira, novembro 24, 2009

Pra quem acha que

manja de arbitragem



Regra de futebol parece fácil, mas é difícil pacas. Dois lances da rodada do fim de semana derrubaram muitos dos "especialistas de plantão". O segundo gol do Botafogo contra o São Paulo e o lance do pênalti (mal marcado) para o Náutico contra o Corinthians.

Fui a duas fontes das mais confiáveis em termos de arbitragem. Arnaldo Cezar Coelho explica, nesse link, em seu blog, porque o gol do Renato, do Botafogo, foi legal.

E Márcio Verri, observador da CBF, professor de arbirtragem e autor de belíssimos livros de regra, responde sobre o lance do jogo do Corinthians com o Náutico.

Com a palavra, abaixo, o Verri, sobre o lance em que foi mal marcado o pênalti para o Náutico. Mas muita gente, equivocadamente, acha que deve ser marcada a falta que acontece primeiro. Tomei algumas cornetadas por ter dito isso na transmissão. Mas fiquemos com o Verri:

a) "PODERES E DEVERES - está previsto o seguinte:

---- PUNIRÁ A INFRAÇÃO MAIS GRAVE QUANDO UM JOGADOR COMETER MAIS DE UMA INFRAÇÃO AO MESMO TEMPO ;

note bem: se um defensor SEGURA um atacante fora da sua área penal, ele comete uma infração (FALTA), punível com um TIRO LIVRE DIRETO!;

mas se esta ação é continuada ( VANTAGEM) até dentro da sua área penal, este TIRO LIVRE DIRETO DIRETO se transforma em um TIRO PENAL!

PORQUÊ RAZÃO ? - o jogo deverá ser reiniciado de acordo com a INFRAÇÃO mais grave, ou seja, para BENEFICIAR aquela equipe que sofreu a FALTA;

b) no texto das INTERPRETAÇÕES das REGRAS DO JOGO:

( regra 12 - FALTAS E INCORREÇÕES ) , está previsto o seguinte:

SE UM DEFENSOR COMEÇAR A SEGURAR UM ATACANTE FORA DA ÁREA PENAL E CONTINUAR SEGURANDO DENTRO DESTA ÁREA, O ÁRBITRO DEVERÁ CONCEDER UM TIRO PENAL."
Nem Spielberg bolaria

um Brasileirão assim


Que maluquice da boa esse Brasileirão 2009! Pode-se contestar a qualidade técnica geral, mas em termos de entretenimento, de diversão e de competitividade, nada se compara no planeta bola. Deixemos de lado certos complexos de inferioridade ou uma metida a besta preferência pelo que rola na Europa e vamos assumir: o Campeonato Brasileiro é, sim, o melhor do mundo.

Botafogo e São Paulo e Flamengo x Goiás foram dois jogos irretocáveis em termos de espetáculo para o torcedor. Alguém vai levantar que taticamente (hoje os táticochatos de plantão estão cada vez mais insuportáveis com seus 4-3-1-2 e afins e duvido que curtam um jogo direito) faltou isso ou aquilo, mas duvido que alguém tenha desgrudado da TV.

Esse equilíbrio de forças, a ausência de um grande time de verdade, de superjogadores, tudo isso contribuiu para um maquiavélico disputar pela taça.

O São Paulo ainda é o fiel da balança, mesmo longe de jogar um grande futebol. Grande futebol este que talvez apenas Flamengo e Cruzeiro tenham demonstrado. Tudo bem, houve belos momentos do Inter, do Palmeiras mesmo, e do Atlético Mineiro. O São Paulo jogou um belo jogo contra o Vitória e um jogo épico contra o Náutico e, no mais, é o time competitivo, sério e de perfil vencedor dos útimos anos. Neste tem jogado menos do que nos outros três. O que pouco importa, já que há mais equilíbrio e o time segue muito vivo. Até um empate pode dar a ele uma grande condição de ser campeão.

Mas uma derrota pode até jogar o favorito Tricolor paulista para o quarto lugar. E recolocar na briga Inter e Palmeiras, que já tinham desistido por suas próprias palavras. Que dirá o Flamengo, se conseguir vencer o Corinthians?

Ouvi informações de bastidores de que São Paulo e Corinthians, que sustentam uma ridícula briguinha de bastidores, estão se entendendo em termos de utilização do Morumbi pelo alvinegro paulista na segunda fase da Libertadores. O papo envolve até camarotes. Tudo na expectativa de garantir empenho e seriedade do Timão contra o Mengão. Na boal, com Ronaldo e Mano em questão, a seriedade estará assegurada. Vai vencer quem for melhor.

Assim como acho que o Goiás se empenhará totalmente diante do São Paulo. Jogador pode ser tudo, menos bobo. O Brasil estará vendo o jogo, dá para imaginar alguém fazendo corpo mole?

E por falar em moleza, tem gente que acha que a tabela do Inter é uma geléia. Sport fora e Santo André em casa. Mas não foi quando todo mundo achava que era mole que o Inter, digamos, deu mole? Pode ser que agora tudo vire, já que bomo time é.

Até o Cruzeiro pode fazer algumas contas, embora complicadas.

E existe a possibilidade que deixará cardiologistas de plantão. Todos os 4 primeiros colocados chegando à ultima rodada com 62 pontos. Já pensaram? Nem Spielberg bolaria um roteiro desses para déxima parte do Indiana Jones.

sábado, novembro 21, 2009

Tem turma nova na

Série A do Brasileiro


Hoje é dia de festa para três apaixonadas torcidas pelo Brasil. Ceará, Guarani e Atlético Goianiense conseguiram o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro na rodada deste sábado da Série B. Se juntarão ao Vasco, que garbosamente já tinha voltado e confirmou o título, mesmo perdendo para Portuguesa.

O Ceará certamente vai contribuir para que a média de público do Brasileiro 2010 aumente, graças à força de sua grande e fanática torcida. E reforçará a presença nordestina, já que o Sport caiu e o Náutico está a perigo.

O Atlético representa a pujança econômica do futebol de Goiás, movido ao dinheiro do agronegócio. Foi um time que jogou bem durante quase toda a Série B. No final deu uma vacilada, mas se recuperou a tempo.

O Guarani ostenta ainda hoje o título de único time do interior do País a ser campeão brasileiro. Não por coincidência, o presidente do Guarani em 1978 era o mesmo presidente que hoje comandou a reestruturação do clube rumo ao acesso. Sempre ouvi muitos elogios à conduta de Leonel Martins, a quem não conheço, nunca falei com ele.

Com o Sport já rebaixado, resta saber, dolorosamente para seus torcedores, quem serão os três times que ocuparão as vagas de Ceará, Guarani e Atlético Goianiense na Série B de 2010.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Quem vai ganhar a Copa?

Quem surpreenderá?

E quem será zebra?


Já é tempo de começar essa saborosa brincadeira de chutes e palpites. A Copa está aí, já entrando pela porta da cozinha (acho que não ficou bom o trocadilho, mas vou deixar), e gostaria de saber da galera que me dá o prazer da visita o que acham.

Favoritos?

Os meus são, hoje, pela ordem: Brasil, Espanha, Inglaterra e Alemanha.

Olho neles?

Argentina, Itália, Holanda.

Zebraças?

Paraguai, Chile, França.

E os de vocês?

quinta-feira, novembro 19, 2009

Termômetro da arquibancada


Lançado com pompa e projeções ambiciosas, o programa de sócio-torcedor do Palmeiras patina como o time. Apenas 1.245 palmeirenses aderiram, segundo o contador da própria página do programa na internet.

Moral da história: o torcedor de bobo não tem nada e seu comportamento na arquibancada reflete o que faz em campo o time.
Vexame palmeirense.

Orgulho fluminense


Não vi o jogo Grêmio x Palmeiras porque estava comentando Uruguai 1 x 1 Costa Rica simultaneamente. Mas vi as vergonhosas e estarrecedoras imagens da briga entre Maurício e Obina. Fecho de lata - enferrujada - para a vexatória campanha palmeirense no Brasileirão 2009. Ainda que o Palmeiras ganhe seus próximos dois jogos e que São Paulo e Flamengo percam os seus e um pouco provável e nada merecido título caia no colo do Verdão, as cenas de pastelão protagonizadas no Olímpico já correram o mundo.

Acertou a diretoria palmeirense ao dispensar os dois jogadores. Não se briga em local de trabalho. Ainda mais ao vivo e a cores para todo o Brasil.

Certo é que o Palmeiras perdeu o título mais ganho de sua história para seus próprios erros de avaliação e de comando (ou falta de), em todas as esferas, da presidencial à do treinador. Some-se a isso um grupo de jogadores sem personalidade e de uma pobreza de espírito ímpares e explica-se a derrocada.

O contraponto da vergonha palmeirense é o orgulho do Fluminense. Após os jogos de ontem, me reuni aos grandes amigos Lédio Carmona, João Guilherme e Carlos Eduardo Lino para jantar no Rio. Estava estampado nos olhos de tricolores de várias gerações a honra com que abraçaram o time. Independente do que acontecerá com o Fluminense, houve um resgate da alegria de torcer pelo clube, acima de vitórias e derrotas. O que o palmeirense certamente perdeu por um tempo após o vexame de ontem.

Critério de arbitragem e Stjd

Não acredito em esquema, em favorecimento. Talvez seja ingenuidade minha. Acredito em discrepância de critérios, um defeito dos juizes de futebol e auditores de tribunais esportivos brasileiros. O que se vê são posições diferentes para acontecimentos absolutamente equivalentes. Por que alguns são expulsos e suspensos e outros não? E por que os jogadores pagam o pato pelos erros de interpretação dos árbitros? Quem poderá responder?

quarta-feira, novembro 18, 2009

Hoje é noite da Celeste.



Amanhã, será a noite



de Tricolor Celeste










Quem não conhece o Menon não sabe o que está perdendo. Menon é o Luís Augusto Simon, um dos maiores jornalistas brasileiros que cobrem esportes. Se você conhece o Menon, não ache que isso é um trocadilho.



Agora, se você conhece ou quer conhecer o Menon, marque na sua agenda o dia de amanhã, 19 de novembro, as 19 horas, no Bar Boleiros, na Vila Madalena, em São Paulo (Rua Mourato Coelho, 1194).



Será o lançamento de mais um livro do Menon (o cara anda escrevendo muito, acho que esse já é o quarto). Chama-se Tricolor Celeste. Uma bela sacada do Menon, que é fã do futebol charrúa e mais fã ainda dos charrúas que jogaram futebol no São Paulo Futebol Clube.



No livro ele conta a história dos craques uruguaios Pedro Rocha, Pablo Forlán, Darío Pereyra e Diego Lugano, que se transformaram em ídolos dos torcedores do São Paulo, cada um ao seu estilo.



O texto do Menom tem a elegância do Verdugo Pedro Rocha, e a garra e a entrega de Forlán e Lugano.



Como aperitivo convido todos a acompanhar hoje, a partir das 21 horas, Uruguai x Costa Rica, no SporTV 2. Voltarei a trabalhar com o grande amigo João Guilherme, o que é uma enorme satisfação. Vale vaga na Copa.



Amanhã vocês encontram o Menom, sejam tricolores, alvinegros, alviverdes, rubro-negros ou celestes. Eu estarei lá para pegar meu livro e o autógrafo.

Grandes lançamentos

na literatura esportiva

Felizmente começam a ser editados com mais frequência bons livros sobre esportes, claro que muito mais a respeito do futebol. Deixo aqui três dicas que valem a pena ser conferidas, duas envolvendo o Botafogo e uma o Corinthians.
A qualidade dos autores envolvidos é garantia de boa leitura e informação de credibilidade.












segunda-feira, novembro 16, 2009

Um título, quantos candidatos?


O São Paulo, como sempre, cresce na hora certa, com personalidade de sobra dos seus principais jogadores. O Flamengo arranca jogando bem, movido a dois craques: Pet e Adriano. O Palmeiras em queda livre ainda pode sonhar desde que consiga a façanha de vencer o Grêmio no Olímpico, o que ninguém fez até agora. O Atlético Mineiro, à imagem e semelhança de seu treinador, quando todo mundo acha que vai, não vai.

E você, acha que tem mais alguém na briga pelo título? Ou ainda colocar Palmeiras e Galo é exagero? A briga ficou mesmo entre São Paulo e Flamengo?

Eu acho que agora é muito mais entre São Paulo e Flamengo, com o Palmeiras correndo muito por fora, assim como o Galo, os dois que há alguns dias eram os grandes candidatos mas que estão fraquejando na hora de decidir.

A briga pela fuga do rebaixamento pode ser que seja restrita a Botafogo e Fluminense, já que para Náutico e Santo André a situação ficou pra lá de desesperadora.

sábado, novembro 14, 2009

O Stjd e as invasões


Houve invasão no Morumbi e no Mineirão. Podem ter sido diferentes no propósito, na execução mas na essência foram invasões de campo. Pessoas estavam onde não poderiam estar, e a punição quanto a isso é clara. O sujeito pode ter entrado para pedir emprego, para beijar o pé do jogador, mas se entrou, um maluco também poderia ter entrado para agredir alguém ou coisa pior. Por isso é errado e deve ser punido.

No entanto, houve punição ao que ocorreu no Morumbi e não houve quanto ao que ocorreu no Mineirão. São Paulo e Atlético Mineiro não provocaram as invasões, mas são responsáveis pelos estádios em que mandam seus jogos. O mais correto parecia não punir nenhum ou punir os dois.

Não falo de teoria conspiratória, de favorecimento, de esquema. Teimo em não acrditar nisso. Apenas falo de que é difícil entender o que pensam as pessoas que fazem o Stjd.
Conspiração é arma

dos incompetentes


Recebi uma mensagem do internatua Antonio C. que é interessante. Ele pergunta sobre as teorias conpsiratórias que voam por aí na reta final do Brasileiro. Semrpe aparece um gaiato dizendo que time A está sendo favorecido, que querem rebaixar o time B e trabalham nos bastidores para salvar o time C.

Para mim, as teorias conspiratórias são a melhor desculpa que os incompetentes podem encontrar para justificar, claro, sua incompetência. E o Brasileirão 2009 é um torneio de muito mais erros do que de acertos.

É mais fácil falar que derrubaram o time do que admitir que a campanha era para cair mesmo. Ou justificar uma patética queda de rendimento na reta de chegada.

Então, preparemo-nos, por que ainda vai ter muita teoria conspiratória até o final.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Aviso aos navegantes


Este blog é um projeto pessoal, que não pertence à empresa para qual trabalho, que nele não tem interferência alguma, como nunca teve em minhas opiniões. Muita gente não acredita, mas liberdade de opinão é uma realidade.

Procuro aceitar e respoonder todas as mensagens, me elogiando, me desancando, discordando. Ultimamente, algumas mensagens chegam carregadas de tons pesados, com acusações estúpidas, banais e inconsequentes, recheadas de complexos e teorias conspiratórias de bairrismo e favorecimentos.

Quem optar por esse caminho, me dará o direito de responder na mesma moeda. Discordar é saudável, ser estúpido é lamentável.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Mais erros do apito,

as razões do apagão

verde e os caminhos

que levam à taça


Dia vai, dia vem e a péssima arbitragem brasileira segue dando vexame. Em Palmeiras e Sport, foi a vez do goiano Elmo Alves Rezende cometer dupla falta. Primeiro ele apita claramente um impedimento de Danilo que não existia. Erro! Depois ignora o próprio apito e manda o lance seguir. Consegue errar duas vezes em frações de segundo. Onde vamos parar?

Erros contra e erros a favor, o que não se discute é que o futebol do Palmeiras sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. Como explicar que um time que foi líder por quase metade do campeonato tenha caído tanto de produção?

Cada um tem a sua tese. Acho que o time desencaixou com as saídas de Pierre e Maurício Ramos e desmoronou sem Cleiton Xavier. Muricy não conseguiu reorganizar as coisas, taticamente o Palmeiras é uma bagunça, erra muito nos três setores. Sobra apenas vontade.

Fora isso, os jogadores que deveriam decidir sumiram. Vagner Love e Diego Souza desapareceram quando se esperava que fossem decisivos. Pode-se falar de tática (e se fala demais até), mas o que resolve mesmo é o cara que sabe jogar lá dentro. E os dois que decidem no Palmeiras não estão jogando nada.

Embora tenha os mesmos pontos do São Paulo, o Palmeiras pode cair para o quarto lugar no fim da rodada. Tem chance de título e pode até ser campeão, mas parece que até a vaga na Libertadores pode correr riscos se continuar apagado.

Quem é quem na

briga pelo título?


Vamos por tópicos.

Quem joga o melhor futebol?

Para mim, pela ordem, Cruzeiro e Flamengo têm sido os melhores times do campeonato, os que jogam melhor, de maneira mais consistente e agradável de se ver.

Quem tem jogadores que estão sendo mais decisivos?

Flamengo, com Petkovic e Adriano fazendo a diferença. Depois vem o Galo com Diego Tardelli.

Quem tem mais personalidade?

São Paulo. O time não está jogando bem, coletivamente está abaixo de Cruzeiro e Flamengo, mas seus jogadores são experimentados na hora da chegada e crescem em momentos decisivos.

Quem vive o pior momento?

Palmeiras. Despencou e não inspira confiança na hora de decidir, tem faltado personalidade.

Quais os favoritos?

Pela ordem, hoje: São Paulo, Flamengo, Atlético, Palmeiras e Cruzeiro.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Interatividade e o gol do Obina

Estou procurando responder alguns comentários, sempre na medida do possível, no mesmo setor de comentários do blog. Peço desculpas por não conseguir responder todos.

Destaco o do Argolo, da Bahia, que me mandou um link para uma imagem que ele afirma ser da Band. O Argolo afirma que, pela imagem, ele conclui que Obina fez falta no lance do gol anulado pelo Simon. Respeito a opinião dele, mas a imagem que ele me mandou só reforça, para mim, a legalidade do gol. Aquilo é disputa por espaço, o contato é normal no futebol. Quem chega à frente abre o braço para proteger o espaço de quem vem por trás.

Obina com o braço esquerdo busca proteger seu posicionamento, enquanto o Maicon faz o mesmo com o braço direito, por cima do ombro de Obina, em ações simultâneas.

Portanto, para mim, jogada normal, embora respeite a opinião do Argolo.

terça-feira, novembro 10, 2009

Ronaldo é o JK

do Corinthians


Ronaldo Fenômeno pode representar para o Corinthians um salto nunca antes realizado na história do clube. Algo parecido com os 50 anos em 5 do governo do presidente Juscelino Kubistchek, nos anos 50.

JK fez o Brasil passar do rural ao industrial e inaugurou o século 20 no País. Ronaldo pode fazer o Corinthians, enfim, se transformar na potência de nível mundial que tem tudo para ser.

A repercussão do nome de Ronaldo pelos quadrantes do planeta, a associação de sua imagem praticamente imune a escândalos ao Corinthians fez com que o time tivesse uma divulgação internacional que jamais obteve em sua história.

CNN, o ator Hugh Jackman, jornais e tvs de toda parte falaram do Corinthians com Ronaldo. O patrimônio de dezenas de milhões de torcedores nunca tinha sido explorado devidamente pelas administrações corintianas como vem sendo com Ronaldo.

Ele é atleta e parceiro do clube, traz uma visão empresarial moderna, tem planos ambiciosos para ele e para o clube.

Nesta terça Ronaldo esteve no Arena SporTV, apresentado pelo Cléber Machado. Chegou de surpresa, graças à produção ultracompetente do Carlos Cereto. Ronaldo é inteligente, articulado, não foge de perguntas e deixou evidente que participa de algumas conversas para convencer jogadores importantes a jogar pelo Corinthians. Caso do lateral Roberto Carlos.

Bem amarrado e prolongado por uns 4 anos, o contrato de Ronaldo com o Corinthians pode fazer pelo clube o que JK fez pelo Brasil em termos de catapultar o alvinegro paulista a uma condição equivalente à paixão de seus torcedores.
Juiz de futebol tem

que ser profissional



Faz tempo que bato nessa tecla. Já passou da hora de se profissionalizar a arbitragem de futebol. Tem que ter lá na carteria de trabalho o seguinte: árbitro profissional de futebol.

Não adianta cobrar, gastar milhões em preparação se o sujeito, em última análise, faz isso como bico. Carlos Eugênio Simon, por exemplo, é jornalista profissional e árbitro amador de futebol.

Tudo no esporte mais popular do planeta evoluiu. A medicina aplicada ao esporte, a preparação física, a capacidade tática. Gramados melhoraram, os estádios caminham para isso. Há mais gente cobrindo o dia-a-dia do futebol, o que aumenta a visibilidade, melhora os valores de patrocínio e cota de TV. Enfim, está cada vez mais profissional.

Só a arbitragem que não. O sujeito vai lá e trabalha por cachê. Alguns são muito bons, sem dúvida. Apitar uma Copa do Mundo enche o bolso de qualquer juiz. Jogos internacionais idem. O problema é que não existe 100% de compromisso, é uma atividade paralela.

Já ouvi histórias de árbitros que apitam sem qualquer condição física, fora de forma, escondendo lesões musculares para não perder o cachê. Porque ele sabe que se estiver machucado não tem cachê, não tem seguro, não tem garantia alguma.

Quem cuida da preparação física de um árbitro de futebol? É cada um por si. Não sei se ainda é assim, mas até há bem pouco tempo, quem pagava a cota do árbitro era o time mandante. Se esse time perdia, muitas vezes o árbitro voltava para casa sem cota e ainda por cima ameaçado de porrada por parte dos dirigentes e torcedores adversários.

Também funcionava assim - e me perdoem se já mudou, pois não tenho essa confirmação - quanto às viagens. Os árbitros procuravam os próprios hotéis, para economizar algum. Isso não existe, é absurdo.

Erros sempre existirão. Sempre. Todo mundo falha. Jogador perde gol feito, juiz não marca pênalti claro e anula gol legítimo. O que precisa ser feito é diminuir a margem de erro. Circula uma quantidade inacreditável de dinheiro no futebol. O que se gasta com mala preta e mala branca, com bicho pago via caixa 2, talvez pudesse ser investido na qualificação profissional dos árbitros de futebol. Na transformação dessa atividade em uma carreira, em uma profissão.

Os homens de preto (hoje de azul, laranja, amarelo) merecem e precisam ter plano de carreira, de saúde, seguro de vida, férias, décimo-terceiro, cursos de reciclagem, acompanhamento de preparação física profissional.

A politicagem precisa sair de campo para entrar a qualificação e o profissionalismo. Arnaldo Cezar Coelho que me perdoe, mas seu bordão caiu em desuso. A regra é tudo, menos clara. Se cada um interpreta de uma maneira, é preciso neutralizar essa variável de interpretação dando uma diretriz, uma linha de conduta.

No voleibol são 12 atletas em quadra, com dois árbitros e quatro auxiliares. No basquete são dez atletas em quadra e dois árbitros. Tudo num espaço reduzido, sem sol escaldante, sem chuva e frio, ginásios geralmente climatizados. No futebol são 22 atletas numa área muito maior, para três árbitros. É pouco.

O futebol anda confundindo tradição com atraso. O que provoca reações desmedidas e condenáveis, pelo exagero embutido, como a do presidente Belluzzo, do Palmeiras. Porque ele representa uma tentativa de modernização e profissionalismo na administração, mas acaba protestando no pior estilo amador. Isso tudo motivado pelo fato de que os times de futebol que têm técnico e jogadores profissionais têm seus destinos decididos por amadores.

Não há e não haverá nunca um time que não tenha sido ajudado e prejudicado por uma arbitragem. Há os erros que são pura e simplesmente erros. E há, sim, a má-fé. É do ser humano. Se reis e imperadores foram derrubados, mandatários foram assassinados, vocês acham que não teve nunca um esquemazinho num jogo de futebol, algum dia, em alguma época? Vide as máfias do apito espalhadas pelo mundo.

Quanto mais forem profissionais, menos os árbitros serão atacados. Seus erros continuarão acontecendo e eles trabalharão especificamente para melhorarem como profissionais do apito. O que não dá mais para aguentar é juiz que no dia seguinte vai se preocupar com a lojinha, o cartório, o curso da PM, a fábrica de bonecas.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Parreira tenta tirar

África do Sul do que

ele chama "paradão"


É sempre agradável conversar com Carlos Alberto Parreira. Pela educação e pelo conhecimento sobre futebol.

Parreira está recomeçando seu trabalho na África do Sul, visando a Copa do próximo ano. Apresentou um orçamento que está sendo avaliado pela federação local.

"Nossa idéia é fazer uma preparação de três meses para a Copa, boa parte dela no Brasil. Uma etapa na Granja Comary (Teresópolis) e outra no CT da Traffic (interior de São Paulo)", disse Parreira, por telefone.

A preocupação do treinador é com o atual estado de coisas no futebol sul-africano. "Está tudo muito paradão. A maioria dos jogadores nem está jogando, quase todos são reservas nos times em que jogam fora do país. Só o Benni McCarthy joga uns 15, 20 minutos", acrescentou.

A África do Sul faz um amistoso contra o Japão dia 14. McCarthy deve voltar ao time.

Além dos treinos no Brasil, Parreira vai propor alguns amistosos. Em dezembro, nos dias 8 e 9, o treinador estará no Rio de Janeiro para mais uma edição do Futecom, o congresso de futebol que organiza.
Isso vale mais do que um gol.

Que me perdoem todos os

críticos, mas o Flu não

anda merecendo o Fred


Texto escrito por Manoela Penna


Um dos maiores ídolos da história do Tricolor das Laranjeiras, Washington enfrenta, há três anos, uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A enfermidade, que é degenerativa e irreversível, ataca o sistema nervoso central, prejudicando os movimentos, a respiração e a fala.

Aos 49 anos de idade, o ex-jogador (que formou no Atlético-PR e no Fluminense o famoso “Casal 20” com o também atacante Assis) precisa da ajuda de cadeira de rodas para se locomover.

Apesar de receber medicação e tratamento médico por parte do governo do estado do Paraná, com o tempo, Washington necessitará do auxílio de dois equipamentos para melhorar sua respiração. Esses aparelhos custam de R$ 20 mil a R$ 80 mil, muito caros para a atual situação financeira do eterno ídolo tricolor.

Fred, admirador da trajetória de Washington como jogador e, hoje, um “tricolor de coração”, leiloará uma camisa do Fluminense autografada por ele e também pelo próprio Washington, para ajudar ao ex-artilheiro na luta pela vida.
Os Beatles, os Stones

e o formato de disputa


Muito boa a discussão em torno do formato de disputa do Brasileirão que pintou aqui após o artigo do Robeto Zanin. Na maioria bons argumentos, a maioria a favor dos pontos corridos. Todos publicados.

Minha posição já manifestei. Alguns pobres de espírito, no entanto, teimam em não entender. Deixo aqui um exemplo mais fácil de entender para os "Jedis" do pensamento.

Beatles ou Rolling Stones? Prefiro os Beatles, mas gosto dos Stones. Não tenho nada contra os pontos corridos, apenas prefiro o mata-mata. Pecado? Acho que não.

E a vida segue.
O fator Simon, o fator Pet,

o fator Roth, o fator tri, o

fator personalidade etc.


Muitos fatores entraram em campo na importante rodada do Campeonato Brasileiro. Fatores que estavam dentro do campo, que envolvem arbitragem, personalidade de jogadores, estilo de treinadores, talento e falta de.

A polêmica atende pelo fator Carlos Eugênio Simon. O árbitro brasileiro que tem cadeira cativa na Copa do Mundo, embora colecione uma série de equívocos incríveis nas últimas temporadas. Simon anulou um gol legítimo de Obina, para o Palmeiras, quando o jogo contra o Fluminense estava empatado sem gols.

Pode-se procurar por horas alguma coisa que justifique o ato de Simon. O que se encontra são ausências de justificativas e, no mais, se houve alguma falta no lance, foi em Obina, não de Obina. Não acredito que Simon seja desonesto, nem duvido das suas intenções. Ele apenas vive a mais confortável da situações. Faça o que faça, está sempre escalado para a Copa do Mundo, tem preferência absoluta, paira acima do bem e do mal como o grande árbitro brasileiro - o que não é.

Há um rosário de equívocos na carreira de Simon, praticamente todo time pode reclamar de um erro dele. Ainda assim ele apita jogos decisivos. A política não pode prevalecer sobre o esporte. Hoje há muitos árbitros que trabalham melhor que Simon, mas não conseguem superá-lo na capacidade política.

Ainda sobre o jogo do Maracanã, não se pode questionar a evolução do Fluminense, a dedicação e o empenho do time numa luta que ainda parece inglória. O time ganha, ganha e não consegue tirar a diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Fred está provando porque é um jogador acima da média e sabe ser decisivo.

Quem não está sabendo ser decisivo é o Palmeiras. Prejudicado pela arbitragem, é verdade, mas jogando um futebol raso, opaco, sem criatividade, acreditando apenas numa jogada individual ou numa bola bem cruzada para a área. Muito pouco, embora ainda esteja em condição de ser campeão. Seus jogadores que podem decidir andam sumidos, em especial Vagner Love e Diego Souza. E a defesa falha nos momentos cruciais.

Quem agradece ao Palmeiras pela falta de personalidade é o São Paulo. Que também está jogando um futebol fraco, apagado, sem criatividade, mas é o atual tricampeão, um time formado por jogadores acostumados a esse sistema de disputa do Brasileiro e altamente capacitados no aspecto psicológico. Quando faltam quatro voltas para o final da corrida, o São Paulo ultrapassa e assume a liderança, aproveitando-se dos erros da concorrência.

Erros que também têm sido a marca registrada do Atlético Mineiro em partidas decisivas. A começar pelo fator estratégia de Celso Roth. Muito bom treinador, mas que não conseguiu ousar, pelo menos na minha visão. Quando escala Renan para um jogo em casa, tendo vantagem sobre o adversário, Roth passa uma mensagem clara de que está mais preoucupado em não perder do que em ganhar. É preciso que ele inverta esse processo para que, enfim, transforme em títulos seus bons trabalhos.

Era o jogo da coragem do Galo. Se tivesse que perder, que fosse arriscando, com base no bom toque de bola do seu time, em especial no meio-campo que, na maioria das vezes, com Jonílson, Márcio Araújo, Corrê a e Ricardinho, é livre, leve e solto. Renan é um destruidor, não cria, pouco joga.

Quem joga, e muito, é o sérvio Petkovic. Jogador de jogo grande, de estádio lotado, de momento decisivo. Assim como o Imperador Adriano. Eles empurram o Flamengo, que tem jogado mais futebol do que São Paulo e Palmeiras, na arrancada final, na manutenção do sonho.

Sonho que também ainda pulsa timidamente para o Cruzeiro, outro que joga mais futebol que os líderes, de maneira mais agradável e eficiente. É difícil, mas há fatores que deixam tudo em aberto.

Será no encontro entre potenciais candidatos ao título, rebaixados de fato e virtualmente rebaixados que o campeonato será decidido. Isso sem contar com o fator Simon.

sexta-feira, novembro 06, 2009

O Barça pode fazer

Robinho finalmente

virar um cracaço


Se der negócio esse rumor de que o Barcelona está de olho em Robinho, pode ser a chave, enfim, para o tão esperado desabrochar do menino revelado na Vila Belmiro.

Porque Robinho tem tudo para ser um grande craque. Deu pinta que seria e, sabe-se lá porque, ainda não é. É um grande jogador, sem dúvida, mas com potencial para ser um cracaço de bola, ao melhor estilo brasileiro.

No Barcelona Robinho terá companhia da melhor qualidade, um estilo de jogo adotado pelo clube que tem tudo a ver com o dele, e uma platéia ávida por vitórias e, também, por bom futebol.

O Barça talvez seja hoje a última fortaleza do futebol bem jogado no aspecto estético, que alia espetáculo e competição.

Está na hora de Robinho, finalmente, cumprir o destino que seu talento desenhou. Tomara que ele ouça em breve: Benvingut!!!!
Resposta ao internauta Ricardo


Recebi um texto agressivo de um internauta chamado Ricardo, que reproduzo aqui, antes de responder.

Ricardo disse...
Copa do Brasil, Libertadores, Sulamericana e estaduais. Todos no formato copa. APENAS o brasileiro é diputado em formato liga, no qual os clubes mais bem preparados normalmente fulguram com insistencia no toppo da tabela. A minha grande decepção nesse post não foi a defesa da mudança no formato que eu acho mais justo, e sim o fato de você Noriega, um excelente jornalista esportivo, de rara lucidez, se esconder nessa coluna terceirizada para defender seu peixe, e o peixe de seu empregador. Quem quer a volta do antigo formato deve apresentar argumentos mais palpáveis que o já batido "está sem emoção". A semana está ficando cada vez mais longa, tamanha a ansiedade pela rodada seguinte. E mais, o papo de que "a audiência está caindo" é furado, pois uma emissora concorrente da atual detentora dos direitos de transmissão está com a faca nos dentes para adquirir os direitos para 2011.


Agora respondo eu:

Caro Ricardo, seu texto foi aqui publicado duas vezes, pra que você saiba que não há censura e aceito qualquer opinião.

Agora, sua agressividade gratuita, obtusa e sem argumentos ao dizer que me escondo numa coluna terceirizada para defender os argumentos do patrão é no mínimo ridícula, para não dizer outra coisa.

Antes de mais nada, se informe. Eu gosto de mata-mata e já defendi isso aqui há muito tempo. Leia o blog antes de vociferar suas bobagens de quem vê complôs em tudo.

Meu empregador não me pede para defender nada, e se quisesse tem gente muito mais famosa e capacitada do que eu para defender seu ponto de vista. O que é legítmo, afinal a TV paga e caro para mostrar um produto em horário nobre.

Nunca falei mal do sistema de pontos corridos. Eu apenas me reservo o direito de como consumidor de futebol gostar mais dos jogos eliminatórios. Pecado? Crime? Proibido por lei? Ou dentro da sua lógica xiita quem não concorda com você é um integrante dos exércitos do Lado Negro da Força e só você e quem pensa como você faz parte do grupo dos cavaleiros Jedis do pensamento? Faça-me o favor.

Posso assegurar a você que existem dados concretos de que o Campeonato Brasileiro dá menos audiência que Libertadores, Copa do Brasil e jogos da Seleção Brasileira. Isso não é papo.

E há argumentos para todos os gostos de todos os lados, apenas tente debater sem avacalhar os outros ou acusar alguém sem saber ou sem ter argumentos.

O texto do Roberto é elegante e não ataca ninguém.

Deixo alguns argumentos que, longe de serem definitivos, que podem acrescentar ao debate. As três maiores médias de público do Brasileiro foram em campeonatos com finais, 1983 (22.953), e 1987 (20.792) e 1980 (20.792). A pior média de público até hoje foi de um campeonato disputado no sistema de pontos corridos, o de 2004, com 7.556.

Outro dados, dos 20 maiores públicos da história do Brasileiro, nenhum foi registrado desde 2003, quando começa o novo sistema. Claro que há de se ressalvar que os estádios tinham capacidades maiores há 15, 20 anos.

Vejam as melhores médias de público por time nos anos dos pontos corridos:

2003: Cruzeiro 26.366
2004: Corinthians 13.547
2005: Corinthians 27.330
2006: Grêmio 25.630
2007: Flamengo 39.221
2008: Flamengo 40.695

Agora as maiores médias de público por time de seis temporadas dos anos 80, quando havia finais em todas as edições:

1980: Flamengo 66.507
1981: Flamengo 43.614
1982: Flamengo 62.436
1983: Flamengo 59.332
1984: Flamengo 38.543
1985: Bahia 41.497

Nenhum desses números, sozinho, pode ser definitivo em qualquer análise, mas pode ilustrar um debate saudável e educado.

Portanto, Ricardo, informe-se melhor para defender suas teses, que sempre terão espaço aqui. E em sete anos de emissora, nunca me pediram para falar em nome dela. E eu gosto de mata-mata muito antes de trabalhar onde trabalho hoje.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Alguém tem coragem
para contestar os pontos
corridos? Eu tenho.

Artigo escrito por Roberto Zanin


Sou contra o politicamente correto. Essa verdadeira doutrina totalitária impõe o que é bom e o que é ruim e ai de quem discordar. E o pior é que o politicamente correto, através de alguns colegas jornalistas, infestou também o futebol. E essa turma, graças à eliminação do São Paulo de Kaká (1º na fase de classificação) pelo Santos de Robinho (o 8º), em 2002, conseguiu emplacar o tal do campeonato de pontos corridos, afinal, na Europa é assim, etc, etc...

E o pessoal do politicamente correto não dá o braço a torcer. Não adianta mostrar se houve queda de público, queda de audiência, perda de interesse, etc., eles estão acima de bem e do mal. Dizem que esse sistema é o mais justo, porque são todos contra todos, um turno em casa, o outro na casa do adversário. Ora, esquecem que tem time que vende mando de jogo, tem time que vê quem não tem mais chance e se acomoda, escala time misto, etc.

Dizem, também, que todos os jogos são uma decisão! Outra balela. Todos os jogos têm o mesmo peso, mas não têm a mesma emoção de uma decisão, a não ser nas rodadas finais.

Outro falso argumento é que os erros de arbitragem se equivalem, prejudicando e ajudando todos, de maneira equânime. Ou são ingênuos ou sofismam, porque todo mundo sabe que quem tem força nos bastidores, a possui em qualquer fórmula de disputa.

Não entro aqui no mérito de quantas equipes se classificariam para os play offs, mas uma coisa é certa. Um campeonato que se preze tem que ter um jogo final, uma DECISÃO, que envolva os dois postulantes ao título. O campeão, afinal, tem o prazer duplo: vence a taça e vê o rival perdê-la. Brinca diretamente com o perdedor.

É diferente comemorar diante de um grande clube, que poderia ser o campeão no seu lugar e celebrar o título contra uma equipe de menor expressão, que apenas está cumprindo tabela.

Com relação ao conceito de justiça, todos conhecem o regulamento de antemão. Dessa forma, a equipe que vence o título jogando contra todos que estão sob o mesmo regulamento, é por justiça, o campeão. Quem é bom, que prove ser bom, não apenas nos jogos “normais”, no decorrer do campeonato, mas também nas mini-decisões dos playoffs e na grande decisão final.

O mata-mata, em campeonato como o Brasileiro, testa a equipe duas vezes: na regularidade, em jogos “normais” e no poder de decisão, na fase dos play offs.

Respeito todas as opiniões em contrário, mas analisemos os campeonatos mais importantes do mundo: A Copa de Seleções, o Mundial Interclubes, a Libertadores e a Champions League.
São disputados em... Vá lá. Você pode dizer que não há calendário, que, se houvesse tempo, o ideal seria, por exemplo, termos pontos corridos para a Champions. Mas, analisando friamente, o que é mais emocionante, mais grandioso: Manchester x Barcelona, na final, ou o Barça ganhar o título contra o Debrecen, na Hungria, por exemplo?

Ah, mas o campeonato está emocionante! Concordo. Mas levando em conta que tivéssemos um play off com os oito melhores, e a fase de classificação terminasse agora, teríamos os seguintes duelos. Proporia três jogos, com o time de melhor campanha jogando duas em casa:
Palmeiras X Grêmio; Atlético MG x Goiás; Inter X Cruzeiro e São Paulo x Flamengo. Já pensaram como seriam esses duelos? E depois, por exemplo, um Palmeiras X Inter e um São Paulo X Galo nas semis, por exemplo? E por aí vai...

Não sou radical como os politicamente-corretos-defensores-dos-pontos-corridos. Aceito que se continue do jeito que está. Mas estou longe de pensar que a volta do mata-mata seria o retrocesso. Muito pelo contrário...


Roberto Zanin é jornalista, diretor da RZ.Com Comunicação

domingo, novembro 01, 2009


Do quinteto fantástico só

o Internacional vacilou


Na reta de chegada do Brasileirão, três dos cinco postulantes ao título mostraram muita força e personalidade.

O São Paulo foi impecável na defesa contra um atrevido Barueri.

O Flamengo teve o Imperador ótimo como sempre, e São Bruno da Gávea inspiradíssimo para pegar dois pênaltis contra o Santos.

No domingo, o Galo mostrou que é forte também longe de seu terreiro e venceu por 3 a 2 o decepciontante Goiás do segundo turno, movido a Diego Tardelli, mostrando que merece ir à Copa do Mundo.

O líder Palmeiras teve uma prova de fogo no maior clássico dos paulistas. Ficou atrás duas vezes, perdeu seu goleiro e capitão, jogou um tempo inteiro com um jogador a menos foi buscar um empate diante do Corinthians que o manteve na ponta pelo saldo de gols.

O Internacional estacionou nos 52 pontos, perdendo para o Botoafogo, raçudo e brigador. Agora está a seis pontos de Palmeiras e São Paulo.

Façam suas apostas, sem esquecer do Cruzeiro, que ainda joga quando posto esse tópico, às 18h14 pelo horário de Brasília.
São Bruno da Gávea


Se der Flamengo - e ainda pode dar - o goleirão Bruno merece um busto na Gávea e uma missa dedicada a ela na igreja de São Judas Tadeu.

Defendeu três pênaltis com absoluta autoridade em dois jogos. Grande fase.

Para tricolores, celestes


e quem gosta de futebol


e de um texto de craque



O lançamento de que falarei abaixo é obrigatório para são-paulinos e ururugaios. Mas deve ser também para torcedores de todos os times, que amam o futebol e um belo texto, de craque, acima de todas as coisas.


Tricolor Celeste é mais uma aventura literária de meu colega, amigo e irmão Luís Augusto Simon, o Menon, agora desfilando seu talento pelas páginas da revisa Espn.


Conta a história da ligação meio mística, meio mágica de jogadores uruguaios com o São Paulo Futebol Clube.


Nas palavras do próprio autor, abaixo.


Será dia 19 de novembro, às 19 horas na Mourato Coelho, 1194 no Bar Boleiros (São Paulo).
O livro fala de Pablo Forlán, Pedro Rocha, Dario Pereyra e Diego Lugano, uruguaios que viraram ídolos do São Paulo.

Mas não é só isso. Fala também sobre eles no futebol uruguaio. Quem ler vai saber:


1) quem ensinou Lugano a arregalar os olhos daquele jeito. A mesma pessoa que jura cabecear a bola com tanta força que ia de sua área até a área do adversário.


2) Porque Dario Pereyra só come a gema do ovo. E como Estevam Soares, graças a Dario, conheceu Julio Iglesias.


3) O que o presidente Henri Aidar pediu a Pablo Forlán minutos antes do início da partida que garantiria o título paulsta de 1970, após 17 anos de jejum.


4) Quem é Hobberg, o primeiro Verdugo, ídolo de Pedro Rocha.


Tem muito mais. Foi um livro que me deu muito prazer fazer. Fui até Montevidéu falar com a família de Dario e de Lugano e pesquisei na biblioteca municipal.


As apresentações são de Luis Augusto Monaco, Mauro Beting e Milton Neves.
O preço ainda não está definido, mas o autógrafo do Velho Homem de Imprensa é grátis.
Espero voces todos por lá.
O jogo pela ótica de quem joga

e também sabe entender o jogo


"O time do Barueri é redondinho, dá gosto de ver jogar. Não é à toa que ganhou do Flamengo. Hoje [sábado] nós ganhamos na raça, na superação e na bola parada", comentou o capitão são-paulino, referindo-se ao gol de Jorge Wagner, que nasceu de uma cobrança de escanteio".

A frase é do goleiro, capitão e maior ídolo da história do São Paulo, Rogério Ceni.

Ceni, além de craque, sabe ler o jogo, é dos raros jogadores que entedem o esporte que praticam. Não fica vomitando táticas e estatísicas. Vê o jogo como todo mundo vê, da maneira simpels e direta, com erros e acertos, mas sem arrogância.

Não tem o ranço do torcedor que se julga entendido, fica caçando palavras em dicionários para se mostrar intelectualmente preparado, mas que no fundo é mais um fanático disfarçado de letrado.

Esse chega a ser quase tão nocivo quanto os bandidos disfarçados.

Por isso que cada vez mais eu gosto de ver a galera da arquibancada, da geral, das filas intermináveis. E me decepciono cada vez mais com a turma das cadeiras cativas e afins.