quarta-feira, dezembro 19, 2007


BOCA, MILAN, KAKÁ, LUXA,

LEÃO, ACOSTA, ADRIANO.....



Antes de mais nada, sou um torcedor sul-americano, um cucaracha assumido que está de ressaca. Torci muito pelo Boca contra o Milan. Se aquela bola na trave do Ibarra tivesse entrado...
Mas como o se não joga e o Kaká, esse sim, joga muito, deu Milan. Uma vitória do império sobre a colônia, embora eu deteste esse tipo de comparação por causa da conotação política que ela tem hoje em dia em nosso pobre continente. O Milan é o comprador, o cara das fusões e aquisições, a empresa que chega ao mercado sem saber a história das que pretende encampara, comprar ou fechar. O Boca é um time sul-americano e, mesmo sendo o maior dos times sul-americanos, não é páreo para o time do Berlusconi. Mesmo tendo um magnata como o Macri fianciando. É que magnata argentino não é páreo pro Don Berlusconi. Com bom time sul-americano, o Boca vira e mexe tem algum jogador comprado por algum tubarão europeu. Tipo o Milan, uma jóia do extinto império romano que ganhou o jogo movido a um brasileiro de São Paulo e a um holandês nascido no Suriname. Por isso torci pelo Boca, como sempre torço pelo latino-americano contra o europeu. Exceto quando envolva Brasil e Argentina, quase sempre vou quebrar a cara, mas quase sempre é mais divertido. Se forem dois europeus em campo, de que lado houver mais sul-americanos, será o meu lado.

CIRANDA FINANCEIRA

Como o assunto é banco, achei bom o título aí de cima. Claro que banco de treinadores, mas pelas cifras que envolvem os ditos cujos, parecem mesmo instituições financeiras. Luxemburgo no Palmeiras, Leão no Santos. Luxa é mais técnico que Leão. Resta saber com que espírito chegará ao Verdão e qual time poderá comandar. Há quem diga que ele só sabe trabalhar com estrelas e grandes jogadores. Eu já acho que, além disso, ele tem uma grande qualidade como técnico: melhora jogadores. Os fracos viram médios e muitos dos médios viram bons jogadores. Quem lembra, por exemplo, o Bóvio que jogou muito bem no Santos? Do Amaral no Palmeiras? E como melhorou o Rodrigo Souto, por exemplo? A fila é grande e essa é uma das principais virtudes de Luxemburgo.
Leão tem experiência de sobra e seus times podem até demorar para esquentar, mas quando acontecem, costumam ser muito competitivos. Tem história no Santos e costuma se dar bem com times formados por jogadores que brilhem menos do que ele.
Os dois se dizem desafetos, numa briguinha que, pra mim, não vale nota em coluna de fofoca. Se não se gostam, problema deles, que são muito, mas muito menores que os clubes que dirigem. E por mais competentes que sejam, acho que não valem o dinheiro que se investe neles. Mas aí é uma questão de princípios e observação da vida achar que não dá pra pagar salários de meio milhão de qualquer coisa para qualquer que seja o dono do salário.

APOSTA E ACOSTA

Adriano e Acosta trafegam em universos muito diferentes. Mas representam exatamente o mesmo para São Paulo e Corinthians: uma aposta. Adriano jogou muito na Inter e na Seleção Brasileira durante que espaço de tempo? Um ano, um ano e meio? Acosta jogou muito no Náutico durante uma temporada. Aí um gaiato vai dizer que não dá pra comparar a Inter com o Náutico, a Itália com o Uruguai etc.
Mas como nenhum dos dois vem com garantia, a aposta soa igual. Adriano sumiu do mapa, é um arremedo do Imperador de outros tempos. Acosta surgiu praticamente do nada e tanto pode acontecer como voltar para o ostracismo. São Paulo e Corinthians jogaram suas fichas. A única diferença é que o cacife tricolor é muito mais alto. E o São Paulo pode se dar ao luxo de errar com Adriano. Já o Corinthians precisa que Acosta acerte todas no alvo.

quarta-feira, dezembro 12, 2007


VOVÔS BONS DE PALCO

ARRASARAM EM 2007

De vez em quando gosto de me arriscar em outros assuntos aqui no blog. Preferencialmente música, de vez em quando política. Música pelo fato de ser, pra mim, ao lado da literatura, a dupla de arte fundamental. O mundo poderia estar aí sem cinema, sem pintura, até sem teatro, mas sem livros para ler e sem músicas para ouvir, seria um saco.
Sou assumidamente um não-músico frustrado. Tentei tocar violão, fiz aulas e tudo, mas foi um desastre. Tenho um teclado Casio e até já arranhei algumas coisas. Consegui tirar de ouvido a introdução de Jump, do Van Halen, o solinho de In Too Deep, do Genesis, Hand in Hand, do Phil Collins, e uma pequena parte da abertura de Subdivisions, do Rush. Mas a coisa não anda, falta talento. Já me arrisquei como cantor amador nos festivais do Colégio Arquidiocesano (ganhamos duas vezes, com músicos bons de um grupo chamado Naphtalina, com Horácio, Richard, Calia, Pedrão; e com uma galera esperta no ano seguinte, da qual desponta hoje o excelente guitarrista Marcinho Eiras, irmão do Alemão, que você pode ver no Faustão) e uma aventura no Ginásio do Ibirapuera, pelo Fico, o Festival do Objetivo, embora eu nunca tenha estudado lá.
Pois basta de enrolar e vamos ao post. 2007 ficou marcado como o ano de grandes reuniões de grupos realmente importantes do pop-rock internacional. Genesis, Pink Floyd, The Police, Van Halen, Led Zeppelin, Eagles. Uma galera dos anos 60, 70 e 80 que ainda arrasta multidões a ginásios e estádios e hipnotiza com base em muito talento, profissionalismo e competência. Aliás, apenas duas coisas podem explicar por quê essas bandas, algumas que já curtiam a aposentadoria, tenham voltado e roubado a cena. A primeira já foi escrita, os caras são bons pacas. A segunda é que hoje em dia o cenário do pop-rock, a música do dia-a-dia, está muito, mas muito ruim.
Claro que existem coisas interessantes e legais, como o Coldplay, por exemplo. Mas em geral falta personalidade, falta talento, capacidade, competência ao vivo. Lembro-me que, nos anos 90, quando trabalhava na Gazeta Esportiva, sempre tínhamos contato com o pessoal da Folha, que era no mesmo prédio. Havia uma galera da Ilustrada que estava fazendo esporte. A moda era (tentar) levantar o Oasis, vender a banda inglesa como algo realmente bom e importante, já que eles eram muito mais que críticos, eram fãs. E tome capa disso, crítica daquilo, comparações absurdas para uma banda que, digamos, cumpre até hoje, direitinho, o papel de cover dos Beatles. Até que o Oasis veio ao Brasil, em 98, tocou em São Paulo e não conseguiu lotar o Sambódromo paulista, apesar dos esforços da turma da Ilustrada.
Nesta semana, o Led Zeppelin voltou a se reunir, depois da aventura de 1985, no Live Aid, com Phil Collins e Tony Thompson nas baterias. Collins, aliás, foi injustamente criticado por Jimmy Page à época. O baterista do Genesis tinha acabado de tocar com Robert Plant em disco e turnê e fora chamado por Plant para a reunião. Page não gostou muito e Thompson entrou numas de duelar e não compartilhar. O resultado dos bateras nem foi tão ruim quanto a pífia performance vocal de Plant e os muitos equívocos de um Page que parecia mamado.
Nesta nova reunião, no entanto, com Jason Bonham (filho de John, que aliás, ensinou o filho a tocar ao som de Turn It On Again, do Genesis, com o Phil Collins) tudo correu muito bem. Claro que Plant não alcança mais os agudos de outrora, mas valeu a espera, pelo que pude conferir no You Tube. Page estava em grande forma.
Enfim, hoje a música pop e o rock estão dominados por bandas de uma semana, superproduzidas em estúdio, que carecem de carisma e competência. Fui ver o Genesis em Chicago e, nos mesmos dias, tocava por lá o Maroon 5. A crítica fez a comparação e, óbvio, constatou que o Maroon jamais chegará a Genesis, embora hoje faça enorme sucesso. Mas com 40 anos de vida o Genesis levou mais de 3 milhões de pessoas a sua turnê de 2007, com pouco mais de 30 shows.
O Police arrebentou no Maracanã e numa grande turnê. Assim como o Van Halen. Idem para os veteranos ultracompetentes e briguentos do Eagles. Isso sem falar no ego infladíssimo do Roger Waters, que se reuniu aos inimigos de Pink Floyd. Tivemos um pouco antes o reencontro de Eric Clapton com os companheiros de Cream e atá a contribuição brasileira nisso tudo, com a volta dos Mutante. E, vá lá, até o Queen com o Paul Rodgers. São 30, 40 anos de história relembrados com absoluta competência e profissionalismo no palco. Será que daqui a 5 anos alguém ainda falará do Maroon 5? Ou então do Dream Theater, uma banda formada por ótimos músicos, mas chata pra caramba, sem alma, sem muito talento para compor?
Mas claro que nem tudo está perdido. Eu gosto muito do Foo Fighters. Acho que é a banda atual que tem mais talento e personalidade no rock. O Dave Grohl, que era o melhor músico do Nirvana, mostrou toda sua capacidade nos Foo Fighters, aliado ao excelente Taylor Hawkings na bateria. Fora isso, ainda bem que essa galera dos vovôs do rock ainda segura a onda do alto dos seus 50 e muitos ou 60 anos. Longa vida ao bom e velho pop-rock.

terça-feira, dezembro 11, 2007

MINHA LISTA DE 2007 E
MINHA LISTA PARA 2008


2007 daqui a pouco será história. Foi um bom ano profissionalmente, embora sacrificante no aspecto pessoal. Odeio listas, mas confesso que paro para ler qualquer uma que seja publicada, em jornais, revistas, internet. Sobre música, filme, esporte, política. Estranha relação essa entre ódio e amor.
A minha lista para 2007 aponta os destaques de um bom ano. A de 2008 os pedidos e desejos para um grande ano e, principalmente, um Brasil e um mundo melhores.

GRANDES MOMENTOS DE 2007


- Santos x Grêmio pela Libertadores, o melhor jogo que vi no ano

- a derrota de Hugo Chávez no plebiscito sobre a mudança constitucional

- a Seleção de futebol feminino do Brasil

- a torcida de volta aos campos no Brasileirão

- o Brasil consolidando a democracia, apesar dos problemas

- o show do Genesis em Chicago, no histórico (pra mim), 3 de outubro.

- minha família, todos os dias

- os 3 a 0 sobre a Argentina na final da Copa América

- o Pan do Rio foi bem legal

- o declínio do império americano puxado pela queda do dólar


PEDIDOS PARA 2008


- muita paz, saúde e felicidade pra todos

- minha família em paz, com saúde e feliz

- mais educação formal e informal para os brasileiros. Principalmente nas ruas

- que a preservação ambiental deixe de ser moda e vire prioridade

- pelo amor de Deus, menos violência

- um Brasileirão tão disputado como o de 2007, mas melhor tecnicamente

- algumas medalhas olímpicas

domingo, dezembro 09, 2007


ISSO, SIM, É BOA NOTÍCIA!

SP tem primeiro dia sem homicídio, anuncia governo

Sáb, 08 Dez, 08h14
No dia sete de dezembro, a sexta-feira passada, a cidade de São Paulo passou o dia inteiro sem registrar um único homicídio em seus 93 distritos policiais, fato inédito nas estatísticas criminais. Foi o que anunciou hoje o secretário estadual de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, durante o evento Faça Esporte na PM. "Não houve nenhum homicídio da 0h do dia 7 até as 24h do dia 7", afirmou.
Segundo o secretário, desde 1999, ano em que 12.800 pessoas foram mortas em todo o Estado, o número de homicídios registrados caiu 63%. Na capital, a queda atingiu 72% no mesmo período. Marzagão disse que neste ano a queda foi acentuada, o que o levou a anunciar uma meta mais ousada para 2008. "Neste momento, são 11,6 homicídios por 100 mil habitantes. Se Deus quiser, chegaremos no ano que vem a 10 por 100 mil, que é uma marca aceita pela ONU (Organização das Nações Unidas)".
Para atingir a meta de 2008, Marzagão defendeu a manutenção de ações como a Operação Homicídio, da Polícia Militar, que consiste em fazer revistas em bares nos finais de semana. "São locais onde pessoas bebem e, muitas vezes, por motivos fúteis terminam ocorrendo homicídios. Também devemos investir muito na inclusão social. Faremos tudo que pudermos para a inclusão, porque acreditamos que o problema da violência não se resumirá só com as ações da polícia", afirmou. Entre os motivos da redução dos homicídios ele citou o recolhimento das armas ilegais, mesmo antes do Estatuto do Desarmamento, e policiamento com base no Infocrim - sistema de mapeamento criminal que permite conhecer pela Internet os lugares em que os crimes acontecem.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

É O MANO CERTO PARA

RECUPERAR OS MANOS


Pra quem não é de São Paulo, uma explicação. No linguajar da da galera esperta da periferia, um chama o outro de mano, truta, don, como afirma meu amigo Wilson Gomes. Como no Rio tem aquele lance de meu irmão, no Sul tem tchê, na Bahia meu rei, essas coisas. E como o Corinthians é imensamente popular, existe no imaginário popular aquela crença de que os corintianos se tratam por mano. Talvez nem seja assim, mas muita gente acha que é.
Então, chega de enrolar e vamos à opinião: o Corinthians deu uma belíssima cartada ao contratar Mano Menezes. Considero o ex-treinador do Grêmio a grande revelação entre os treinadores brasileiros. Sério, competente, inteligente, articulado, dá as melhores entrevistas da atualidade entre os "professores" e trabalha muito bem dentro de campo.
Mano segue a escola de sucesso dos treinadores gaúchos. Brandão, Carlos Froner, Ênio Andrade, Felipão, Renato Gaúcho, tem muita gente boa de banco que veio dos Pampas. Não por acaso. O Brasil tem muito que aprender com os irmãos do Sul. Na bola e fora dela. Educação, consciência política, força de vontade, trabalho. Herança da colonização alemã e italiana e também das duras batalhas travadas pela manutenção da independência do Brasil e pela democracia. Some-se a isso o clima muitas vezes hostil e pode-se explicar o motivo do sucesso dos técnicos gaúchos. Primeiro, não têm vergonha de ser competitivos. Afinal, quem entra num campeonato é pra competir, disputar e, se possível, vencer. E vence, geralmente, quem sua mais e joga melhor. E os bons técnicos gaúchos armam equipes competitivas e que jogam bem.
Mano Menezes já mostrava isso no XV de Campo Bom, modesta equipe gaúcha que levou ás semifinais da Copa do Brasil em 2004. Ratificou essa idéia no Grêmio imortal de 2005. E divulgou tudo isso para o País na Libertadores de 2007. Sua idéia de futebol é simples, prática e objetiva. O Grêmio está aí para provar. Os pilares são bom posicionamento, consistência tática (cada um sabe muito bem o que precisa fazer dentro da equipe) e aprimoramento da bola parada. Claro que se o time tivesse mais qualidade no material humano, iria mais longe.
No Corinthians, Mano enfrentará grandes desafios. A cobrança forte dos "manos". O noviciados dos principais dirigentes do futebol corintiano. A pressão por resultados imediatos. Mas o Corinthians deu um primeiro e importante passo para voltar à Série A em 2009 ao acertar na mosca nessa contratação. Resta fazer da teoria uma prática comprovada.


SERÁ QUE ESTOU DOPADO?

De novo insisto na tecla: é preciso rever urgentemente o conceito e a lista de remédios ou substâncias consideradas doping. Eu tomo o mesmo remédio que o Romário para prevenir uma praticamente inevitável queda de cabelos no futuro, por fator hereditário. Muitos outros o fazem. E Romário lá precisa de doping? Tá voando baixo, corre mais que os outros, está bombado? Marombado? Haja hipocrisia.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O DIA SEGUINTE


Segunda-feira, normalmente, é um dia para reflexões. Sobre a balada do fim de semana, algum excesso aqui, outro acolá, descanso, cinema, teatro etc. E no Brasil, especialmente, é dia de falar de futebol, da resenha relativa ao domingo. Essa segunda-feira, 3 de dezembro de 2007, sem dúvida é diferente. A última rodada do Brasileirão/07 ficará eternizada pelo alto grau de emoção e por envolver paixões gigantescas.
Para mim, quando o assunto é futebol, tamanho de torcida não serve para medir sofrimento, alegria e tristeza. Por isso, vejo como um pouco exagerado o tom dramático (ou seria melodramático?) de algumas coberturas relativas ao rebaixamento do Corinthians. É tão dolorido quanto foi para Grêmo, Botafogo, Palmeiras, Fluminense, Galo, Bahia e, também, para Juventude, América e Paraná. Paixão de torcedor não se mede, não existe uma torcida mais apaixonada do que outra. Todas sofrem, vibram, choram e riem na mesma medida por seus clubes. Pode ser que alguém discorde, o que é legítimo e respeito, mas a dor de uma derrota, de um rebaixamento, não é maior para torcedor x ou y. Dói demais para todos.
Isso escrito, não há o que contestar sobre a lisura do Brasileirão. Há quem argumente que o juiz Djalma Beltrami não deveria mandar voltar as cobranças de pênalti em Goiânia. Pura paixão. Ali a regra foi cumprida. O problema não foi o ato de Beltrami, mas sempre será a omissão de todos os outros que não marcam quando os goleiros se adiantam, assim como será o erro daqueles que marcam equivocadamente quando goleiros não se adiantam.
Será um ano sofrido para os corintianos, mas, assim como os outros gigantes do futebol brasileiro, o Corinthians seguirá. Sua história é muito maior do que eventuais desmandos, desmanches e desvarios. Assim como Grêmio, Palmeiras, Botafogo, Fluminense, Atlético Mineiro, Coritiba, o Corinthians tem um patrimônio inatingível: o amor de seus torcedores e o tamanho de sua história, de suas tradições. Resta saber trabalhar, deixar de lado as desavenças políticas, limpar a área de dirigentes retrógrados e comprometidos com esquemas obscuros.
Passado o impacto inicial, o torcedor descobrirá que ainda tem um time para torcer e que isso é que vale a pena. Foi assim com os outros grandes que caíram. Estádios cheios, provas de fidelidade, juras de amor eterno e o retorno à Série A.
A nova odisséria corintiana começa em 11 de maio, na abertura da Série B 2008. E sobem quatro para a Série A em 2009. Nada de outro mundo. A vida continua. Assim como continua para Juventude, Paraná e América de Natal. Difícil, mas continua.
O mesmo vale para o Palmeiras, que, tirando os que lutavam contra o rebaixamento, foi o grande derrotado da última rodada. Também sem coisa alguma a contestar. Faltaram alma, personalidade e superação ao Palmeiras. Já para o Galo Mineiro sobraram paciência, tranqüilidade e organização. O Cruzeiro, que parecia condenado, conseguiu uma classificação até certo ponto calma, mas nem por isso menos merecida. Que temporada a do treinador Dorival Júnior! Vice-campeão paulista com o São Caetano e classificado para a Libertadores com o Cruzeiro.
2008 chega logo, rapidinho. E trará uma Libertadores com 5 brasileiros, dos quais 4 que já conquistaram o título sul-americano (São Paulo, Santos, Flamengo e Cruzeiro) e o Fluminense em busca da conquista inédita. Tomando como parâmentro os times que terminaram a temporada 2007, vejo, nessa ordem, a lista de brasileiros com mais possibilidades na Liberadores: São Paulo, Fluminense, Santos, Cruzeiro e Flamengo. Claro que muita coisa vai mudar e essa ordem pode ser alterada.

VITÓRIA DA DEMOCRACIA

Foi pra lá de simbólica a derrota da proposta de alteração constitucional de Hugo Chávez na Venezuela. O projeto de ditador que se gabava de suas vitórias eleitorais precisa se curvar à realidade das urnas. O povo venezuelano venceu o medo, as ameaças e mostrou que o continente está firme e forte na batalha pelo sucesso da jovem democracia latino-americana.
O delírio bolivariano de Chávez tomou um banho de realidade das urnas.