segunda-feira, outubro 29, 2007


A VALDÍVIA O QUE É DE GAVILLÁN


Qual será o motivo que leva dois gigantes do futebol mundial como Grêmio e Palmeiras a ficar brigando via Internet? Se forem Valdívia e Gavillán, como diria Milton Leite, meu Deus!!!
Porque se dois times tão fortes, históricos e poderosos como Grêmio e Palmeiras vão brigar por isso, com todo o respeito, é muito pouco para tanta tradição. Que diriam Lara, De León, Renato Gaúcho, Ademir da Guia, Djalma Santos e Evair, entre outros?
Gavillán deu um murro em Valdívia por trás e foi suspenso por 120 dias, uma das possibilidades de pena para agressão. Valdívia agrediu dois no jogo contra o Vasco e deve ser julgado e suspenso, teoricamente, pelo mesmo período, afinal, também foi agressão. Até que o pleno do STJD resolva reduzir as penas ou transformá-las em cestas báscias. Mas aí é uma outra história.
O Grêmio já era enorme muito antes do Gavillán. Assim como o Palmeiras já era enorme muito antes do Valdívia. O paraguaio e o chileno seguirão seus caminhos e Grêmio e Palmeiras continuarão sendo dois dos maiores times do Brasil e, consequentemente, do mundo.
E pra encerrar um assunto tão bobo, fica o registro da minha opinião: Gavillán não é um jogador violento como foi naquele soco que deu no Valdívia. Sabe jogar e pode ser muito útil a muitos times. E Valdívia também não é violento e nem cai-cai como dizem. É muito bom jogador, às vezes exagera na fita, mas nada que chegue perto de fiteiros como um Euller ou de um Carlinhos Bala, por exemplo. Então, Grêmio e Palmeiras, façam-nos o favor, voltem a apenas jogar bem como estão fazendo e confirmem suas vagas à Libertadores, que parecem bem encaminhadas. O resto é frescura.

O TÍTULO E A QUEDA

O São Paulo ganhou o campeonato brasileiro porque:

1) tem o treinador em melhor momento no futebol do País.
2) tem a melhor defesa do mundo na atualidade.
3) tem os dirigentes mais espertos do momento.
4) não deixa técnico mandar mais do que deve (ou seja, apenas no time).
5) tinha uma base montada enquanto a maioria remontava seus times ou construía outros.
6) todos os adversários pipocaram na hora de tentar dar o salto de qualidade.
7) aprendeu com as derrotas no Paulistão e na Libertadores. Viu que não era um time talentoso e nem muito técnico, mas poderia ser o mais competitivo. E foi.
8) tem hoje o melhor trabalho de fisiologia e preparação física do Brasil.
9) atualmente contrata melhor e mais rápido que todos os outros times juntos.
10) quase sempre consegue pensar na frente dos adversários.

ELES (GOIÁS, CORINTHIANS, VASCO, NÁUTICO, SPORT) PORQUE:

1) o Goiás depende muito de Paulo Baier e ele, embora jogue bem, não foi até agora jogador de decisão em sua carreira.
2) o Corinthians tem um time muito fraco e ensaiou a reação tarde demais. Fora isso, a tabela é madrasta.
3) o Vasco parou de ganhar e pode ter problemas na reta final em virtude da defesa ruinzinha.
4) o Náutico fez um péssimo primeiro turno e o bom segundo turno pode não ser suficiente, embora pareça que vá ser.
5) o Sport está fraquejando na hora em que isso é proibido.

sexta-feira, outubro 12, 2007

PAUSA PARA RECICLAGEM


O autor do blog resolveu dar um tempo com o mesmo. Ando sem inspiração para escrever. Espero voltar em breve. Abs

quinta-feira, outubro 11, 2007

  • O MELHOR DO MUNDO É......

Kaká. Por que, para mim, é completo, e atualmente ninguém está jogando mais que ele.

E para vocês, existe um melhor do mundo? Quem é ele?

sexta-feira, outubro 05, 2007

GENESIS.

CHICAGO, 3 DE OUTUBRO DE 2007














Se você é fã de alguém ou de alguma coisa, vai entender. Pois foi assim. Saí de São Paulo na noite de 2 de outubro, perdi uma conexão em Miami graças a mais um atraso da TAM, cheguei a Chicago às 15 horas do dia 3 e antes das 19hs já estava no meu lugar, setor 1, assento 14, fileira 31 no United Center, a casa do Chicago Bulls. Foi lá que realizei meu antigo sonho de fã e vi meu primeiro show do Genesis, minha banda favorita. Voltei no dia seguinte, nova maratona, mas feliz da vida, com lembranças que ficarão comigo para sempre.




O show? Sensacional. Acho que dei sorte, porque os caras estavam realmente a fim de tocar. Some-se a isso o fato de estarem no palco 5 dos melhores músicos do pop/rock em todos os tempos e cerca de 20 mil pessoas numa arena belíssima.




Vi tudo que esperava ver desse show. Uma banda afiada, que está na estrada com essa formação há 30 anos e não sentiu em nada uma "paradinha" de 15 anos. Som praticamente perfeito, um show de luz e efeitos especiais de vanguarda e muita, muita música.




Há uma grande diferença entre esse Genesis que vi em Chicago e a maioria das grandes bandas que estão por aí, em especial as clássicas: não há ressentimentos. Os caras são amigos de verdade e passam isso no palco, com entrosamento e diversão. Às vezes dá impressão que eles lá em cima se divertem mais do que o público.




Phil Collins é um fenômeno. Aos 56 anos, toca bateria como sempre (com maestria) e segue sendo um vocalista como poucos. Sua interpretação para "Mama", uma música difícil de ser cantada, com essa idade, é de arrepiar. Embora tenha reduzido o tom em algumas músicas, o cara simplesmente não perde uma nota e ainda é um showman competente e inspirado.




Para mim, os pontos altos de um show praticamente de pontos altos, são momentos que marcam os fãs, como eu. Em alguns instantes apenas Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford ficam tocando no palco. Na maioria deles, em passagens instrumentais de canções dos anos 70 e na segunda parte de "Home By The Sea". Além do começo de "I Can´t Dance".






Vi famílias inteiras curtindo o show. Pais e filhos juntos, cantando e dançando. Ao meu lado, havia um grupo de fãs bem jovens, que poderiam estar em qualquer show do Red Hot Chilli Pepper, mas estavam absolutamente alucinados ouvindo o som que aqueles velhinhos mandavam. Um deles ajoelhou e ao levantar, socou o ar como se fizesse um gol ao ouvir a espetacular (para mim definitiva) versão de "Los Endos" que o Genesis mandou neste 3 de outubro em Chicago. Na fileira da frente, um tiozinho que parecia um clone dos caras do ZZ Top, passou o show inteiro viajando, balançando a cabeça, e no final desabou em choro. Ao seu lado, um senhor elegante, com pinta de executivo, ficou embasbacado por 2h45 minutos.




Outro detalhe entre a parafernália tecnológica, que inclui fogos de artifício e um gigatesco telão high-tech que se funde ao palco e à iluminação: ao mostrar imagens do público durante dois dos maiores sucessos do Genesis, "Invisible Touch" e "Throwing It All Away", a banda faz do seu fiel público parte do espetáculo, o que explica tamanha lealdade por parte dos fãs. Além disso, durante o show, imagens do passado da banda são exibidas no telão-cenário, com grande destaque para o ex-vocalista Peter Gabriel e o ex-guitarrista Steve Hackett, além de músicos convidados como Bill Brufford.




O detalhe é que o Genesis não lança um disco de canções inédidas desde 1991. O último single é de 1999, na verdade uma regravação de "Carpet Crawlers". Ainda assim lotou por 3 noites seguidas o United Center e coloca uma turnês norte-americana entre as dez mais bem-sucedidas da temporada, depois de uma passagem com ingressos esgotados pela Europa que fechou com uma apresentação para 500 mil pessoas em Roma.




Para mim, inesquecível como um todo, o show ficará marcado pelo momento em que vi o Genesis tocando "Follow You Follow Me", a música que escolhi para mim e para minha mulher, Isabel. Só estando lá para saber o que é isso.




Enfim, se você é fã, não bobeie, nem pense duas vezes. Vá ver seu time jogar, seu esporte favorito, sua banda predileta. Vale muito a pena.

terça-feira, outubro 02, 2007



O ABANDONO É A MAIOR

CRÍTICA DO TORCEDOR


São, no mínimo, estarrecedoras, as cenas de torcedores do Botafogo e do Corinthians ameaçando os jogadores de seus times. Nada de novo nisso e também não é exclusividade desses clubes. Todos os times chamados de massa já viveram esse drama. Jogadores encurralados em aeroportos, estradas, estacionamentos, ameaçados e até mesmo agredidos. Tudo sob o signo da revolta, da paixão, da suposta humilhação por que passam os torcedores. Digo suposta porque o torcedor verdadeiro, aquele que nutre autêntico amor pelo seu clube e pelo futebol, esse fica, sim, humilhado, ofendido, Mas jamais apela para o que fizeram esses vândalos.
Aliás, que teriam para fazer da vida essas figuras que encontram tempo, em dia de semana e horário comercial, para intimidar e amedontrar profissionais em seus locais de trabalho?
Futebol é paixão e não pode jamais ser analisado como economia. Se assim for, acaba, morre. O excesso de números e estatísticas, muitas vezes inúteis, aprisiona o futebol, tenta fazer dele algo asséptico como um corredor de hospital. Mas o exagero na dose do outro lado também contribui para levar esse esporte maravilhoso a um caminho praticamente sem volta, o do terror, da violência.
O que me causa mais espanto é ouvir de torcedores corretos, pais de família, figuras decentes e dignas de respeito, frases como "é isso mesmo, tem de ser na porrada", "se não dá no amor, tem que ser no terror", "precisa dar uma prensa nesses caras". Juro que ouvi isso de torcedores que são profissionais e seres humanos exemplares.
Xingar, vaiar, tudo bem. Quem já foi a uma arquibancada sabe que esse é, na verdade, um dos grandes baratos do futebol. Agora, a violência descabida, as ameaças e bravatas irascíveis de certos grupos de torcedores não têm cabimento. Seriam esses mais torcedores do que os outros?
Em tempos de crise, acho que o que mais deveria preocupar os jogadores e dirigentes de Corinthians e Botafogo, as bolas da vez, é aquele torcedor que é apaixonado, fanático, mas que decidiu simplesmente abandonar o clube por um tempo. Virou as costas, deixou de ir aos jogos, de acompanhar, de torcer. Esse é o pior aspecto de um torcedor em crise com seu time e a mais contundente forma de crítica. A partir do momento em que um torcedor entende que não vale mais a pena sair de casa para ver seu time jogar, aí sim a crítica chegou ao seu ápice. É esse o verdadeiro temor que deveria afligir os jogadores e dirigentes que ainda são sérios dos clubes brasileiros.
Sobre os vândalos, basta puni-los, se é que existe esse desejo. Como deve ocorrer com um dirigente de torcida que agrediu um técnico das categorias de base do Palmeiras. É sócio do clube? Que seja suspenso. Simples. Os que invadiram os treinos de Corinthians e Botafogo também são sócios? Que, idem, sejam suspensos pelo clube.
E os torcedores rivais que hoje riem das desgraças dos alvinegros paulista e carioca que não se esbaldem. Porque todos os grandes times já passaram por isso. O São Paulo que hoje nada de braçada rumo ao título já viu seus jogadores serem agredidos com pipocas e seus torcedores já xingaram o ídolo Rogério Ceni.
Tudo isso reforça a tese de que torcedor brasileiro não ama seu clube de verdade. Ele só ama seu clube quando esse está ganhando. Se começa a perder, vira ódio. Triste retrato de uma paixão chamada futebol.