sábado, agosto 26, 2006


ESPORTE É CULTURA


A foto aí ao lado é uma singela homenagem à fantástica equipe de esportes da TV Cultura nos anos 70 e 80.
Credibilidade, informação, inovação e seriedade foram as marcas daquele time que entrou para a história. Grandes jogos, os clássicos teipes das noites de domingo, a sacada de criar um noticiário esportivo no horário do almoço, o É Hora de Esporte. Além da primeira revista eletrônica esportiva da TV brasileira, o Esportevisão, sempre aos sábados. Ou ainda o ótimo Esporte Opinião, às segundas-feiras.
Tenho o maior orgulho de saber que meu velho, o grande Luiz Noriega, foi o criador e condutor de boa parte desse time, ao lado de gente da melhor qualidade, como Carlos Eduardo Leite, Pedro Tadeo, José Carlos Cicarelli, Orlando Duarte, José Góes, Jõao Zanforlim e uma equipe técnica de primeiro nível.
Deixou saudade.

sexta-feira, agosto 25, 2006

PANELA


Estar com os amigos sempre é um grande prazer. A evolução do homem se deu quando alguns passaram a se juntar em bandos, a conviver em sociedade e formar pequenas comunidades, deixando de ser nômades solitários.
O problema disso tudo é quando o ser humano transforma a convivência em panelinha, em igrejinha, turminha grupelho, em jogo de cartas marcadas.
Quando acontece no esporte, então, tira toda a graça dessa atividade que tantas lições tem a oferecer, sejam elas de companheirismo, coletividade, desprendimento etc.
Eu fico imaginando como deve funcionar a cabeça de duas categorias de treinadores esportivos do Brasil na atualiadade: de futebol e de basquete.
Sem dar um bico no respeito, eu me pergunto o que leva, hoje, um time de futebol a contratar o Antônio Lopes, por exemplo. Lopes tem uma história que não pode ser esquecida, de bons trabalhos. Não é um treinador qualquer. Mas analisemos a sua história recente no futebol. Alguém pode dizer que ele foi campeão brasileiro. Outro alguém pode argumentar que ele quase perdeu o título brasileiro, que foi salvo pelo Zveiter e pelo Edílson Pereira de Carvalho. Mas há quanto tempo Lopes não monta um bom time? E quantos outros treinadores com menos nome e que não sejam lembranças constates do grupo que hoje manda no futebol do mundo - o dos empresários - não fazem trabalhos melhores que os do Lopes? E por que gente como Caio Jr, Paulo Comelli, Ivo Worthman e outros não tem chance?
Passemos ao basquete. Lula Ferreira é um bom técnico? No Brasil, claro que sim. Mas o basquete que se joga no Brasil serve para recuperar a Seleção Brasileira? O jogo que se pratica aqui não está de costas para o resto do mundo? E por quê Lula Ferreira, que não ganha absolutamente nada de relevante com a Seleção e deixa o Brasil em décimo-nono no Campeonato Mundial, tem de ser mantido no comando da equipe? Por que o basquete brasileiro tem sempre um grupo pequeno de treinadores, quase todos paulistas, se revezando no comando das seleções? O que fazer para modernizar e recuperar esse esporte que já deu tantas glórias ao Brasil?
Por quê é tão difícil mudar os conceitos estabelecidos e o modus operandi do esporte?
Em resumo: quando a amizade vira panela, queima o filme (nossa, que porcaria de frase!)

quarta-feira, agosto 23, 2006

EU DESISTO


Não dá mais pra torcer pra Seleção Brasileira masculina de basquete.

segunda-feira, agosto 21, 2006

DE TRÊS - a menos

Não existe esporte mais emocionante que o basquete. Goste-se ou não do jogo, é preciso reconhecer que a relação tempo e espaço e a exigência de precisão do basquete são insuperáveis. Daí que em menos de um segundo conta-se uma história dentro de uma quadra desse incrível jogo.
Sou de uma geração para a qual o basquete era o segundo esporte do Brasil. O vôlei até o início dos anos 80 era menos do que é hoje o handebol. E nosso basquete masculino estava sempre ali, entre os melhores do mundo. Vira e mexe pintava um quadrangular no Ibirapuera, sempre com grandes times de várias escolas. Um bom time europeu, um bom latino-americano, uma universidade norte-americana de respeito e o Brasil.
Em outubro de 1979 vi, de dentro da quadra, o Sírio conquistar a Copa William Jones, o Mundial de Clubes de basquete, talvez o primeiro grande jogo da carreira do Oscar - antes, em 1978 , o Marcel já tinha feito uma cesta maravilhosa contra a Itália, no último segundo, garantindo o bronze no Mundial das Filipinas.
Sem falar em Ubiratan e outras feras de uma geração anterior.
Por isso eu não consigo aceitar essa condição de coadjuvante do basquete brasileiro atual. Essa coisa de aceitar derrota e achar que foi legal fazer jogo duro. Peraí! estamos falando de um bicampeão mundial, da terra de Algodão, Vlamir, Ubiratan, Amauri, Rosa Branca, Oscar, Marcel.
Escrevo antes de Brasil x Turquia e espero que eu quebre a cara, mas essa Seleção não empolga. Parece que somos no basquete o que a Coréia do Norte é no mundo: estamos na contramão da história do basquete. Não sou especialista, mas parece que o mundo joga um basquete e nossa Seleção, outro. Não que seja ruim, mas é diferente do resto. Digo isso com base nos pivôs. Reparem no peso do jogo dos adversários, na força, na intensidade e na sincronia.
Fora isso, o Brasil é o time que mais oscila em um jogo, disparado. Cinco minutos estonteantes e outros 5 de pânico. Até Angola é mais regular.
Como chegamos a isso? Quem sou eu pra responder? Mas que estendemos uma cortina de ferro em torno do nosso basqute com um pensamento provinciano e de privilégios a alguns jogadores, não tenho dúvida. Fora isso, durante anos havia um revezamento interminável entre meia-dúzia de treinadores.
O resultado é o atraso, a perda de uma geração, no mínimo. Por mais que seja - e o é - competente o nosso Lula - o do basquete - o estrago foi muito feio.
Hoje parece estranho dizer que o basquete já mexeu com esse País. Se um plano emergencial for montado, se houver paz entre dirigentes e os feudos de jogadores e treinadores que se formaram, em dez anos tiramos esse atraso e voltamos a ficar entre os quatro do mundo, que é o lugar que o basquete masculino do Brasil merece.

sábado, agosto 19, 2006


SIMPLES E MUITO BOM


Fui ao show do Simply Red no Hollywood Rock de 1988. Todo mundo queria ver o Duran Duran, que estava ainda em boa forma. Mas quem arrebentou foi o ainda desconhecido grupo do ruivo sardento Mick Hucknal, que canda demais. Aí virei fã.
Este mês, além da alegria diária que os meus pequenos me dão, ganhei pelo meu sexto dia dos Pais, o DVD Simply Red Home Live in Sicilia. Recomendo.
Assim como o CD Simplified, também excelente.

sexta-feira, agosto 18, 2006

OS NOVOS REIS DA AMÉRICA


A justa e merecida conquista do Internacional, o novo campeão da América, tem uma série de significados. Todos eles superam o simples festejar ou lamentar de uma torcida ou outra. Para o futebol brasileiro, ter mais um clube na lista de campeões do continente representa muito. Em se tratando de quem se trata, um gigante que parecia adormecido, que volta ao protagonismo 26 anos depois da trinca gloriosa de 75/76/79.
Quanto maiores forem Inter, São Paulo, Grêmio, Palmeiras, Vasco, Flamengo etc., maior será o futebol brasileiro.
Tive o privilégio de assistir de perto as duas finais entre colorados e tricolores. Um banho de bola, de dedicação. Momentos do melhor futebol que se precisa jogar hoje em dia, não do futebol de sonhos e devaneios, de frases feitas, o futebol de colunas nostálgicas e perdidas no tempo.
E algumas surpresas aconteceram. O imenso respeito que existe entre os dois grandes times do momento no País. A torcida do Inter aplaudindo o São Paulo no pódio em Porto Alegre. A ausência do comentários maldosos sobre a arbitragem e o reconhecimento da superioridade do adversário. A organização dos dois times, que têm os melhores dirigentes da atualidade.
E compreende-se o êxtase dos colorados e, ainda, o orgulho dos tricolores paulistas. Não há nada como ganhar a Libertadores da América. A começar pelo nome, o mais bonito entre todos os campeonatos do mundo. Depois vem a mística, a história, a lembrança de grandes batalhas.
O próximo desafio é superar a Argentina em número de conquistas. São 20 títulos argentinos contra 13 do Brasil.

quinta-feira, agosto 10, 2006

O MELHOR FUTEBOL DO MUNDO



Não é o da Itália, como pode fazer pensar a Copa do Mundo. Longe disso. O melhor futebol do mundo ainda é e, provavelmente, sempre será, o brasileiro. Mas não aquele futebol brasileiro de novo-rico da Copa, aquele futebol com ar de enfado, pose de celebridade e espírito de baladeiro.
O melhor futebol do mundo é o que se joga aqui no Brasil, ainda que vira e mexe a grana que ergue e destrói coisas belas leve pra longe a fina flor (e muitas vezes nem tanto, vide o Jonatas) da nossa bola.
O futebol que se praticou no Campeonato Brasileiro pós-Copa do Mundo supera, em muito, a qualidade técnica e a intensidade dramática do Mundial da Alemanha. Por aqui temos um surpreendente Paraná, um renovado Palmeiras, um competitivo Santos e os enormes São Paulo e Internacional.
Aliás, os finalistas da Libertadores deram uma aula na noite de 9 de agosto. Um dos grandes jogos dos últimos tempos, mostrando que times bem armados, bem treinados e concentrados não se abatem com expulsões e continuam jogando bom futebol.
Uma pitada de organização, estádios melhores e não haveira competição. Se deixarmos de fora alguns poucos jogos da Europa, um Barça x Real, um Milan x Juve ou uma final de Liga dos Campeões, não troco um Paraná x Juventude, por exemplo, por nada que venha da Europa. E não vale citar time grande euopeu, porque aí tem um monte de brasileiros e argentinos em campo.
A bola que rola por aqui é inesgotável.

terça-feira, agosto 01, 2006

COMEÇOU A ERA DUNGA


E Dunga estreou como técnico da Seleção Brasileira, soltando sua primeira lista de convocados. Pelas circunstâncias, Dunga mostrou, pelo menos, que acompanha o que acontece pelo mundo e vai tomar como base o rescaldo do trabalho de Parreira.
Alguns titulares óbvios como Kaká e Ronaldinho Gaúcho não foram chamados porque estão saindo das férias. O Fenômeno foi operado. Mas a base do time que jogou bem contra o Japão n Copa deve encarar a Noruega.
Quanto aos outros convocados, em especial os cinco que jogam por aqui, só não dá pra engolir o Jonatas. Os outros todos têm potencial.