segunda-feira, fevereiro 20, 2006

VOU ANULAR

Tomei essa decisão já faz algum tempo. Vagabundo nenhum terá mais o meu voto. Dqui pra frente, exerço o meu direito de cidadão de não optar por a, nem b e, sim, não votar em ninguém. Primeiro por que sou obrigado a votar e que diabo de democracia é essa que me obriga a fazer algo? Segundo por que a política brasileira é um lixão.
Já votei no PT e no PSDB e quebrei a cara em ambos. E o que se apresenta agora: a mesma dúvida. Votar na turma do FHC, que empurrou o País para quatro anos de atraso só para garantir a reeleição, ou na turma do Lula, que deixaria Al Capone corado.
O mais ridículo são os argumentos dos petistas radicais, querendo justificar ou esconder o óbvio. Roubaram e muito, e ponto final. E tem gente que contra-argumenta assim: mas os outros também roubaram. O meu voto essa corja não leva mais.
A NOSSA CASA

Um dos assuntos que me fazem comprar uma revista numa banca ou parar de trocar de canal a toda hora na TV é ecologia. Passo longe de ser o que se chama de ecochato, mas, sinceramente, me preocupa o futuro do planeta, a nossa casa.
Parece-me que o senso comum é de que quem alerta para o perigo do aquecimento global, do derretimento das calotas polares, do efeito estufa são histéricos que pretendem apenas atrapalhar a marcha do progresso. Será mesmo?
A mim incomoda o fato de andar pra cima e pra baixo na cidade de São Paulo e não ver um rio limpo. Ou, quando vou ao Rio, ver o que fizeram com a bela e romântica baía da Guanabara ou a Lagoa Rodrigo de Freitas. Ou até mesmo ver os idiotas que jogam baganas de cigarro e latas de cerveja pelas janelas dos carros em ruas e estradas.
O Brasil, ainda assim, é um oásis em termos de natureza. Mas até quando ainda teremos rios limpos, praias limpas, florestas intactas?
O que me incomoda é que ninguém parece se incomodar muito com o tema. Espero que não seja tarde demais.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

OS FANÁTICOS

Tabalho com esporte, na maior parte do tempo com futebol, então é natural que esteja em contato com o fanatismo, de uma forma ou de outra.
Perambular por estádios do Brasil oferece uma rara oportunidade de analisar os torcedores e suas paixões, seus comportamentos.
No Norte e no Nordeste acho que ainda vemos uma paixão genuína e menos virulenta. É divertido ver um jogo em Belém ou Recife, Fortaleza. Na Bahia, antes da era de terceira divisão, era comum ver torcedores de Bahia e Vitória juntos em um clássico.
Triste é constatar que quanto maior o time, menor a compaixão. Nos grandes centros já não se torce, se odeia, se provoca. Se mata.
Imagino o que seja essa provocação elevada a enésima potência que nos deixe hoje à beira de um conflito religioso sem proporções.
Por isso que não entendo como os fanáticos possam ter dominado duas coisas tão belas como o esporte e a religião.
Quem sabe no futuro as coisas melhorem.